CryptoTimes

“Cryptopia: bitcoin, blockchains e o futuro da internet”

11 maio 2020, 10:29 - atualizado em 11 maio 2020, 10:31
O documentário “Cryptopia: bitcoin, blockchains e o futuro da internet” acaba de ser lançado on-line, após ter sua exibição interrompida pela pandemia da COVID-19 (Imagem: Divulgação)

Um novo documentário sobre criptoativos do cineasta independente Torsten Hoffmann foi lançado on-line.

Semanas após uma turnê promocional europeia que incluía pré-estreias esgotadas nas cidades de Berlim, Luxemburgo e Basileia, a pandemia da COVID-19 fechou os cinemas, fazendo com que o cineasta Torsten Hoffmann não tivesse outra opção senão lançar on-line o seu novo documentário sobre criptoativos.

Hoffmann, um cineasta da cidade de Melbourne, na Austrália, trabalhou no filme nos últimos quatro anos. O novo documentário é uma sequência do documentário independente autofinanciado de Hoffmann de 2014, chamado “Bitcoin: o fim do dinheiro como o conhecemos”.

Para produzir “Cryptopia: bitcoin, blockchains e o futuro da internet”, Hoffmann viajou pelo mundo e visitou inúmeras cidades e destinos, incluindo a locação secreta do cofre da Xapo nas montanhas suíças.

Ele entrevistou influenciadores de cripto, como o escritor Andreas Antonopoulos, o empreendedor Roger Ver, o criador do litecoin Charlie Lee, o CSO da Blockstream Samson Mow, a escritora Preethi Kasireddy e o CEO da Xapo Wences Casares.

Hoffmann ficou interessado em criptoativos quando terminava seu MBA em Finanças na Universidade de Oxford. Isso fez com que ele fizesse o documentário independente de micro-orçamento “Bitcoin: o fim do dinheiro como o conhecemos” em 2014.

O filme foi apoiado por uma campanha de financiamento coletivo que ajudou o filme a ganhar reconhecimento em plataformas piratas e ilegais em 2015. Em seguida, o filme foi licenciado a mais de 20 países e lançado em grandes plataformas de streaming.

Após o sucesso de seu primeiro filme, Hoffmann contou à Brave New Coin que ele queria tentar algo mais ambicioso com seu segundo documentário sobre criptoativos.

“Desde o lançamento do primeiro filme, a indústria cresceu por um fator de cem, em que fortunas foram feitas e perdidas. Países que haviam banido bitcoin agora o estão apoiando abertamente. Bitcoin é considerado uma das tecnologias mais disruptivas de nossa época. Porém, a cobertura da mídia ainda é mal informada e o público geral ainda tem dúvidas sobre a tecnologia e suas implicações”, afirmou Hoffmann.

“Essa tecnologia, criada para operar independente de confiança e em uma rede descentralizada, poderia realmente fornecer uma forte alternativa? Ou será que criptoativos são injustamente distribuídos, facilmente manipulados e perigosos como nossos sistemas atuais? Esse foi meu ponto de partida.”

Com ajuda do órgão Screen Australia, uma campanha de financiamento coletivo no Kickstarter e uma coprodução alemã, Hoffmann teve um orçamento que permitiu que ele viajasse o mundo e conversasse com alguns dos maiores players no ecossistema cripto.

“Isso permitiu que contássemos nossa história em um universo cinemático mais ambicioso. Animações elaboradas em 3D foram criadas para ilustrar a forma como o blockchain funciona. Equipe de cinco pessoas viajaram até uma parte remota da Suíça para visitar um lugar secreto”, explicou Hoffmann.

“Filmamos a todo momento com câmeras 4K e falamos com algumas das figuras mais experientes e obstinadas da indústria, incluindo Andreas Antonopoulos, Craig Wright e Roger Ver.”

Um dos desafios em fazer um documentário sobre bitcoin e blockchain é que mercados, narrativas e tecnologia mudam muito rápido.

“Eu queria que o filme continuasse relevante, então evitamos falar sobre os preços, já que isso envelheceria o filme”, afirmou ele. “Em vez disso, tentei focar nas principais narrativas e ideias utópicas no movimento, e não muito nos aspectos específicos da tecnologia ou sobre o que está acontecendo nos mercados.”

Embora o filme seja bem internacional, pois as filmagens aconteceram em quatro continentes, em lugares como São Francisco, Los Angeles, Hong Kong, Tóquio, Londres, Berlim, Suíça e Melbourne, Hoffmann disse que o destaque das filmagens foi o acesso garantido ao cofre Xapo.

Fundada pelo empreendedor em bitcoin Wences Casares, Xapo é uma empresa de Hong Kong que fornece uma carteira de bitcoin, um cartão de débito em bitcoin e um cofre de bitcoin de armazenamento frio.

O cofre é um bunker militar desativado, escavado em uma montanha em uma parte remota da Suíça. Sua localização exata é secreta e o acesso é protegido por inúmeras medidas de segurança.

“A cena do bunker foi um destaque e somos a única equipe de filmagens a poder entrar. Até 10% das chaves privadas de bitcoin são armazenadas no cofre Xapo. Foi uma aventura ter acesso e filmar como é dentro do banker”, acrescentou Hoffmann.

Atualmente “quarentenado” na Alemanha, Hoffmann acabou de lançar o filme on-line, disponível em qualquer lugar do mundo a preço baixo.

“A turnê nos cinemas foi interrompida após pré-estreias esgotadas em cinco países. Fiquei preso na Alemanha conforme tudo foi fechado. A coisa certa a fazer foi lançá-lo agora, on-line e para o mundo inteiro”, afirmou Hoffman.

“Talvez as pessoas estejam terminando de assistir suas listas na Netflix após inúmeras semanas de quarentena.”

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