Criptomoedas vivem ‘superciclo’ de alta? Veja porque executivo não acredita que bitcoin (BTC) irá atingir US$ 1 milhão (ainda)
Os investidores do mercado de criptomoedas estão otimistas com o futuro do setor. Muitos especialistas tentam acertar um preço cheio para o bitcoin (BTC), ainda que essa seja uma tarefa difícil.
Analistas mais otimistas com o mercado projetam que o bitcoin pode atingir o patamar de US$ 1 milhão por unidade ainda este ano, fazendo deste um “superciclo” para o setor de criptomoedas.
Já Sebastián Serrano, CEO e cofundador da plataforma de ativos digitais e criptomoedas Ripio, há um indicador que o faz crer que este é mais um ciclo positivo — mas não um “superciclo” — para o setor.
O chamado Market Value to Realized Value (MVRV) é um índice que mede a relação entre o valor de mercado e o lucro do sistema — em outras palavras, se o ativo está sobrevalorizado ou não.
Segundo o portal Crypto Quant, essa relação está próxima das máximas históricas. “Quando esse índice chega a níveis muito altos, o mercado tende a vender, ou seja, realizar lucro”, diz Serrano.
Ainda assim, Serrano afirma que o indicador não atingiu exatamente o pico — o que significa que há espaço para que os preços continuem subindo.
Até onde vai o preço do bitcoin (BTC)?
Para o cofundador da Ripio, é possível, sim, que o BTC atinja o tão sonhado patamar de US$ 1 milhão — mas isso não deve acontecer neste ano.
Ele explica que o ciclo de valorização do bitcoin acontece a cada quatro anos — quando acontece o halving da criptomoeda — e que o movimento se repete desde 2009, quando a moeda foi criada.
“Esse movimento deve continuar normalizado nos próximos anos. Por agora, este não deve ser um superciclo. O bitcoin deve cruzar US$ 1 milhão, mas não agora. Talvez no final da década”, pondera Serrano.
Assim, o CEO da plataforma de criptomoedas e ativos digitais afirma que “se estivermos mesmo em um superciclo”, o bitcoin pode chegar a US$ 1 milhão. “Se não é um superciclo, vai chegar até 200 mil”, conclui.
Por fim, Serrano afirma que a narrativa deste ano ainda está muito focada no próprio bitcoin e que moedas alternativas (altcoins) e outros investimentos não devem ter tanto destaque no próximo ano.
Um dos setores nos quais Serrano aposta é aquele que integra protocolos de Inteligência Artificial (IA) com blockchain, os chamados AI Agents, mas não recomenda nenhum projeto específico.