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Criptomoedas: Receita de golpes já é de US$ 1,6 bi em 2022, mas 65% menor do que ano anterior

16 ago 2022, 13:34 - atualizado em 16 ago 2022, 13:47
hacker golpe criptomoedas
(Imagem: Pixabay/addlajutt172)

A Chainalysis – empresa de segurança em blockchain – divulgou nesta terça-feira (16) seu relatório do meio do ano sobre crimes no mercado de criptoativos. Conforme o relatório, os volumes de transações de criptomoedas este ano para entidades ilícitas e legítimas estão acompanhando de 2021 a julho.

“No geral, a atividade criminosa parece ser mais resiliente diante da queda de preços: os volumes ilícitos caíram apenas 15% ano a ano, em comparação com 36% para volumes legítimos.”

No entanto, segundo a equipe da Chainalysis, os dados agregados não contam toda a história.

“Se investigarmos formas específicas de crimes baseados em criptomoedas, descobriremos que alguns realmente aumentaram em 2022, enquanto outros diminuíram mais do que o mercado em geral. Abaixo, veremos exemplos de ambos e forneceremos algumas ideias sobre por que eles reagiram da maneira que reagiram às condições do mercado.”

(Imagem: Chainalysis/Divulgação)
(Imagem: Chainalysis/Divulgação)

A receita total de golpes para 2022 atualmente é de US$ 1,6 bilhão, 65% menor do que era até o final de julho de 2021, e esse declínio parece estar ligado ao declínio dos preços em diferentes criptomoedas.

(Imagem: Chainalysis/Divulgação)

Desde janeiro de 2022, a receita do golpe caiu mais ou menos de acordo com os preços do Bitcoin. E, como vemos no gráfico abaixo, não é apenas a queda na receita de golpes – o número acumulado de transferências individuais para golpes até agora em 2022 é o menor dos últimos quatro anos.

(Imagem: Chainalysis/Divulgação)

“Esses números sugerem que menos pessoas do que nunca estão caindo em golpes de criptomoeda”, diz o relatório.

Para a empresa, uma razão para isso pode ser que, com os preços dos ativos caindo, os golpes de criptomoedas – que normalmente se apresentam como oportunidades passivas de investimento em criptomoedas com enormes retornos prometidos – são menos atraentes para potenciais vítimas.

(Imagem: Chainalysis/Divulgação)

“Também levantamos a hipótese de que usuários novos e inexperientes que são mais propensos a cair em golpes são menos prevalentes no mercado agora que os preços estão caindo, ao contrário de quando os preços estão subindo e são atraídos pelo hype e pela promessa de retornos rápidos.”

A empresa relembra em relatório que a receita do golpe geralmente é impulsionada por grandes valores, como PlusToken, que rendeu mais de US$ 2 bilhões das vítimas em 2019, ou Finiko, que rendeu mais de US$ 1,5 bilhão em 2021.

Até agora, em 2022, nenhum golpe foi identificado pela empresa está se aproximando do nível dos citados anteriomente.

Top 3 golpes 2022 Top 3 golpes 2021
Nome do golpe Valor total recebido até julho Nome do golpe Valor total recebido até julho
Unique-Exchange.co/PARAIBA.world $267,357,252 Finiko $1,163,953,207
CashFXGroup.com $61,926,062 Mind.capital $506,237,418
OmegaPro.world $30,595,412 CashFXGroup.com $241,018,455

 

“Observação: Unique-exchange.co e PARAIBA.world são serviços interconectados com infraestruturas de carteira separadas executadas pelos mesmos golpistas — Paraiba é uma fraude de investimento em criptografia de marketing multinível e Unique-Exchange é uma troca de criptomoedas executada e promovida pelo mesmo grupo . Combinamos o valor total recebido em um valor acima.”

O maior golpe de 2022 até agora rendeu US$ 267 milhões em criptomoedas, apenas 23% da receita da Finiko até o final de julho de 2021.

“A receita do mercado darknet – internet obscura – também caiu significativamente em 2022 e atualmente é 43% menor do que em julho de 2021.

Ao contrário dos golpes, no entanto, esse não foi o caso durante todo o ano conforme a Chainalisys – a receita do mercado darknet de 2022 estava acompanhando acima de 2021 até abril, quando sua taxa de aumento derreteu.

(Imagem: Chainalysis/Divulgação)

“Isso se deve quase certamente ao fechamento e sanção do Hydra Marketplace em 5 de abril, que por anos foi o mercado predominante da darknet, atuando como um hub não apenas para vendas de drogas, mas também para vendas de ferramentas de hackers, dados roubados e serviços de lavagem de dinheiro”, explica.

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