Criptomoedas: Preços subirão caso o Fed aumente alvo de inflação para 3%, diz economista
Os preços das criptomoedas e do ouro (XAU) irão subir, caso o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) aumente seu alvo de inflação, em meio à longa disputa para tentar reduzir os preços ao consumidor, disse o economista Mohamed El-Erian em uma entrevista hoje (18) à CNBC.
“Ambos [criptomoedas e ouro] sobem em um mundo desses”, disse El-Erian, referindo-se às expectativas do Fed para elevação do alvo de inflação a longo prazo para 3%.
Segundo o Business Insider, atualmente, o alvo de inflação é de 2%. O economista, que é diretor de assessoria econômica do Allianz Group, acredita que os preços subirão para os ativos considerados proteção contra a inflação, o que inclui as criptomoedas.
Segundo El-Erian, “o que forçará o Fed a mudar o alvo [de inflação] será o reconhecimento de que, por estarem tão atrasados, não conseguirão atingir o alvo e, portanto, sua credibilidade está ameaçada”.
“Eles também se preocupam que, ao tentar frear muito [a inflação], poderão levar a economia não só a uma recessão a curto prazo, mas também a longo prazo”.
Federal Reserve e a luta contra a inflação
Comandado por Jerome Powell, o Federal Reserve está em uma disputa para tentar frear o aumento nos preços ao consumidor. No mês passado, a inflação nos Estados Unidos atingiu 8,5% no acumulado anual, o aumento mais rápido desde dezembro de 1981.
Enquanto isso, o preço do ouro subiu 9% neste ano. Nesta segunda-feira, o metal precioso alcançou US$ 1.992 por onça.
Por outro lado, no mundo das criptomoedas, o bitcoin (BTC) perdeu 16% de seu valor em 2022, enquanto o ether (ETH) caiu 21% no mesmo período.
No momento de publicação desta notícia, BTC se recuperava levemente, a US$ 40.650, e ETH voltava ao patamar dos US$ 3 mil.
“A preocupação para as pessoas ligadas a criptomoedas é que esta queda está acontecendo quando o ouro está subindo e quase atingindo US$ 2 mil”, disse El-Erain. “O maior argumento para cripto é que é um diversificador — em tempos de inflação, isso é um atrativo”.