Criptomoedas podem atuar como uma reserva eletrônica de valor, afirma Banco de Cingapura
Um dia, criptomoedas poderão atuar como um tipo de reserva eletrônica de valor, segundo um artigo escrito por Mansoor Mohi-uddin, economista-chefe do Banco de Cingapura.
O Banco de Cingapura é uma unidade do segundo maior banco do país, o OCBC.
Mohi-uddin afirma que é provavelmente que criptomoedas se tornem mais amplamente aceitas como reservas de valor: “no futuro, o dinheiro digital pode competir com o ouro como um possível ativo de segurança”.
No artigo, Mohi-uddin expressa essa afirmação ao declarar ser improvável que o bitcoin e outras criptomoedas tenham um grande papel como meio de troca:
O impressionante rali do bitcoin está a par de grandes crescimentos de investimento das últimas décadas, incluindo o ouro na década de 1970, as ações japonesas em 1980, as ações de internet em 1990, preços do petróleo nos anos 2000 e empresas de tecnologia em 2010.
Porém, é muito improvável que criptomoedas substituam moedas nacionais como o meio de troca principal de uma economia.
Em vez disso, ao longo do tempo, o dinheiro digital poderá substituir parcialmente o ouro ao fornecer uma reserva de valor eletrônica — em vez de física.
É mais importante o bitcoin ser uma reserva de valor
ou um sistema de pagamentos?
Segundo Mohi-uddin, criptomoedas ainda precisam superar diversos desafios, incluindo a confiança, a volatilidade e a aceitação regulatória para serem consideradas como um ativo significativo em portfólios de investidores.
Mohi-uddin também afirma que mudanças recentes na esfera regulatória dos EUA também podem ser positivas para a adesão das criptomoedas. Em termos de regulamentação, reguladores americanos podem se tornar mais receptivos às criptomoedas.
Gary Gensler, ex-presidente da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), foi nomeado como o próximo presidente da Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC).
De acordo com o artigo, sua nomeação pode resultar em um investimento mais amplo em criptomoedas, bem como na aprovação de produtos focados em cripto, como um fundo negociado em bolsa (ETF) para o bitcoin ou outra criptomoeda.
“Isso forneceria um veículo de investimento confiável e seguro, permitindo que novos participantes entrassem para o setor de criptomoedas, melhorando a liquidez, reduzindo a volatilidade e ajudando a lidar com riscos reputacionais”, explica o artigo.