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Criptomoedas e VPN: protegendo a privacidade e evitando o bloqueio geográfico

02 fev 2020, 19:00 - atualizado em 30 jan 2020, 11:58
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VPN permite que um computador se conecte a um servidor remoto que criptografa dados a fim de proteger a informação transmitida e camuflar seu endereço de IP (Imagem: Unsplash/@lagopett)

O bitcoin foi criado após o fim da Crise Financeira Global de 2008. Enquanto sistemas financeiros estavam em desordem e a confiança em bancos e reguladores era baixíssima, muitos se agarraram à promessa de uma moeda viável internacionalmente e livre de regulamentação centralizada.

Embora o sistema financeiro global tenha recuperado estabilidade, essas características só fizeram com que mais pessoas recorressem às criptomoedas.

No entanto, nem a privacidade nem a utilidade internacional das criptomoedas são perfeitas. A tecnologia de blockchain de fato fornece usuários com pseudônimos. Se esses pseudônimos podem ser ligados a informações pessoais, usuários e suas transações podem ser rastreados.

Enquanto isso, com interesse crescente em criptomoedas junto com seu valor, governos têm dado suas opiniões sobre regulamentação que, por sua vez, podem obstruir a livre negociação aberta de criptoativos em todo o mundo.

O uso de uma VPN (rede privada virtual) possibilita uma experiência aperfeiçoada em ambos os sentidos: fornece mais proteção a privacidade e pode evitar vários obstáculos no acesso livre a criptoativos em todo o mundo.

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Anonimidade parcial do blockchain combinada com uma VPN fornecem mais segurança para o usuário (Imagem: Money Times)

Aumentando a privacidade no blockchain

Uma VPN permite que um computador se conecte a um servidor remoto através de um túnel que criptografa dados em ambos os lados. Isso protege toda a informação transmitida para e por esse computador para camuflar seu endereço de IP ao receber outro fornecido pelo serviço de VPN.

Isso torna difícil a aquisição de quaisquer dados pessoais que possam ser ligados aos registros no blockchain.

Junto com a anonimidade parcial de um blockchain, uma VPN permite que usuários tenham um nível maior de segurança. Isso pode ser reforçado ao:

utilizar de uma carteira digital diferente para diferentes pagamentos ou diferentes tipos de pagamento;

criptografar sua carteira, o que torna mais difícil o acesso a suas transações;

manter privado o endereço de pagamentos. Se você transferir seus fundos de um endereço público e visível para qualquer outro endereço, vão aparecer no histórico de transações.

“Geo-blocking” restringe conteúdos dependendo da região em que são acessados (Imagem: Pixabay/VISHNU_KV)

Evitando bloqueios geográficos

Existem iniciativas tanto na China como na Coreia do Sul para banir negociação de bitcoin a algum nível. Ambos os países são grandes mercados para criptoativos, então as consequências poderiam ser significativas.

Regulamentações para criptoativos podem ser reforçadas através de bloqueios geográficos (geo-blocking). Esse processo restringe conteúdos baseados na região associada a um endereço de IP de um usuário.

Quando um usuário se conecta a um servidor remoto via VPN, basicamente altera sua região para a que está associada ao novo endereço de IP. Ao selecionar um endereço de IP registrado em uma região que não possui bloqueio, eles podem evitar essas proibições.

Embora alguns sites usem software de detecção de VPN, isso pode ser evitado com uma abordagem “polyserver”: por exemplo, ao alternar entre serviços de VPN mais discretos ou mudar para diferentes IPs de servidores no mesmo fornecedor.

Geralmente, alternar seu endereço de IP ajuda a evitar detecção de VPN.

Embora VPNs sejam uma forma de contornar as inconsistências da regulamentação de cripto, devemos reforçar que o uso de VPN é ilegal em alguns países.

Usá-los para evitar bloqueios geográficos é algo polêmico. É claro, se alguém estiver tentando acessar um blockchain em uma região em que é banido, provavelmente não está tão preocupado com a legalidade do uso de VPN.

No entanto, se você está usando um VPN para privacidade, então é importante saber quais são os países que permitem essa opção ou não.