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Criptomoedas começam 2023 com bom desempenho; confira as melhores de janeiro

08 fev 2023, 11:42 - atualizado em 08 fev 2023, 11:42
Janeiro 2023
Em janeiro de 2023, o Bitcoin teve a melhor performance para o mês desde 2013 (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

Janeiro de 2023 animou os investidores do mercado de criptomoedas. Durante o período, o Bitcoin (BTC) obteve sua melhor performance de janeiro desde 2013. Jerome Powell, presidente do Fed, também impulsionou o sentimento de otimismo ao dar depoimentos que acalmaram os amantes de ativos de riscos.

O Bitcoin subiu 36,75% no mês e o Ether (ETH) valorizou 29,65%, mas as altcoins, moedas menores, observaram valorizações maiores que 300%. Para entender melhor o primeiro mês do ano, a QR Asset separou em seu ranking mensal de janeiro as melhores performances destes trinta dias.

No relatório, foram analisadas as top 40 moedas por capitalização de mercado de acordo com Messari.io. Qualquer ativo que começou ou terminou o mês no top 40 foi considerado.

Só não foram considerados os ativos que começaram o mês no top 40 e terminaram fora do top 100. Em seguida, foram retirados da classificação os ativos que possuíam valor de mercado inferior a US$ 1 bilhão no início do mês.

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As criptomoedas que melhor performaram em janeiro de 2023

Theodory Fleury, gestor da QR Asset, começa elencando Aptos (APT) como o destaque positivo do mês, token nativo da blockchain fundada por ex-integrantes da Meta, que subiu 374,92% no mês.

“Não vimos nenhum motivo específico para a alta espetacular do token, mas podemos citar alguns fatos envolvendo a blockchain que podem estar associados ao movimento de janeiro”, diz, em relatório.

Em primeiro lugar, Aptos foi lançada com muito hype nos ambientes especializados, por conta do time que estava por trás, mas pegou um cenário de mercado muito turbulento, comenta o gestor.

“A melhora do ambiente macro para investimento em criptoativos pode ter favorecido o movimento.”

Em segundo lugar, continua Fleury, foi observado um forte volume do ativo contra o won coreano em exchanges situadas neste país.

O relatório da QR Asset destaca que é sabido que os sul-coreanos são extremamente agressivos em seus investimentos de risco e possuem apetite para ativos especulativos.

Segundo Fleury, aparentemente, era um ativo com muitos contratos derivativos na ponta vendida que foram liquidados com a recuperação do mercado e favoreceram a alta de janeiro. 

“Em seguida, tivemos o token nativo da blockchain Fantom (FTM), promovida por Andre Cronje, fundador do protocolo de finanças descentralizadas Yearn Finance, com alta de 162,94%. Cronje, tido como uma das cabeças mais brilhantes do ecossistema de contratos inteligentes, tem se dedicado a projetos desenvolvidos na blockchain Fantom desde que se afastou da Yearn e, recentemente, apareceu anunciando melhorias no protocolo”, elenca.

A forte queda nos preços do token FTM em 2022, aliada às recentes aparições do desenvolvedor, pode ter motivado um fluxo de compra mais relevante no ativo. 

Seguindo, Decentraland (MANA) e Solana (SOL) aparecem, mas, para Fleury, sem motivos específicos para a alta. 

Entretanto, ambos os tokens estavam entre as maiores quedas de 2022 (dentro do universo de cobertura do levantamento) e estão entre os ativos com maior coeficiente Beta em relação ao Bitcoin (2,07 e 2,25, respectivamente, medido numa janela de 60 dias).

Por último, o LDO, token de governança do protocolo de liquid staking Lido, apresentou alta de 125,77%.

“Os protocolos de liquid staking estão entre as narrativas de maior destaque no início de 2023, por conta da proximidade do hard fork Shanghai na rede Ethereum. Lido hoje tem uma posição amplamente dominante entre os protocolos de liquid staking, e o seu token de governança LDO é o mais líquido entre seus pares”, explica o gestor.

Não houve destaque negativo no mês, apenas tokens com altas mais moderadas – entre eles, tokens que estiveram entre as maiores altas recentemente e tiveram comportamento anticíclico em 2022, como o caso de TRX; e tokens que representam teses ultrapassadas, possivelmente sem casos reais de uso, como EOS e LUNC.

“Além de XRP, que enfrenta um longo processo contra a SEC, que se encaminha para a fase final, deixando o token sujeito a maior volatilidade”, completa Fleury.