Crime, saúde e desemprego são as maiores preocupações dos brasileiros, revela pesquisa
Para 59% da população brasileira, o Brasil está indo para o caminho errado. É o que revela a nova pesquisa global da Ipsos, intitulada “What Worries the World”. Dentre os temas que mais preocupam os brasileiros, crime e violência, com 47%, saúde, com 46%, e desemprego, com 39%, têm os maiores percentuais de respostas.
“Ainda que o desemprego afete milhões de pessoas, o crime e a violência são fatores que afetam toda a população”, analisa Marcos Calliari, CEO da Ipsos. “Em termos de prioridade, a criminalidade é mais universal porque afeta todos. Isso quer dizer que o brasileiro não consegue nem sequer se preocupar com outras questões que não sejam as mais básicas”.
Ainda assim, a preocupação com o desemprego cresceu consideravelmente desde maio de 2015, quando o percentual não passava de 20%. Tudo indica que o cenário não irá mudar tão cedo.
“A preocupação com o desemprego continua muito alta no Brasil e com tendência de prosseguir. Não seria uma surpresa que o tema continue ganhando prevalência”, diz Calliari.
Mundo
Em nível global, o crime e a violência caem para o 4º lugar, apresentando 30% das menções. O desemprego, por sua vez, ocupa a 1ª colocação, com 33%, seguido de pobreza e desigualdade social (32%) e de corrupção financeira e política (31%).
A população mexicana se destaca como a mais preocupada em relação ao crime e à violência, registrando 68% das respostas. O país que vem em seguida é a África do Sul, com 61%.
A preocupação com a saúde é mais forte na Hungria, com 70% das respostas – percentual bem acima do que foi apresentado pela Polônia, que registrou 56% e ficou em 2º lugar.
Para 64% dos espanhóis, o desemprego é o fator mais preocupante, o que coloca o país em 1º lugar no ranking global sobre o mercado de trabalho. A Itália vem logo em seguida, com 63%, seguida por África do Sul (61%) e Coreia do Sul (59%).
Metodologia
Os dados desta pesquisa se referem ao mês de maio de 2019. O estudo é conduzido mensalmente e analisa 28 países espalhados pelo mundo.
No total, foram ouvidas 19,5 mil pessoas com 18 a 64 anos entre os dias 19 de abril e 3 de maio. A análise sobre o Brasil se baseou em uma amostra composta por 1 mil pessoas.
A margem de erro é de aproximadamente 3,1 pontos percentuais para uma amostra de 1 mil e cerca de 4,5 pontos percentuais para uma amostra de 500.