Crescimento industrial acelera na China, mas crise na Ucrânia impõe risco
A atividade industrial da China se expandiu um pouco em fevereiro, com uma melhora em novos pedidos, evidenciando alguma resiliência da segunda maior economia do mundo mesmo com pressões baixistas em alta e a invasão da Ucrânia pela Rússia tendo aumentado as incertezas.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), índice oficial de manufatura, ficou em 50,2 em fevereiro, acima da marca de 50 pontos que separa crescimento de contração, e um pouco maior que os 50,1 de janeiro, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas nesta terça-feira.
Analistas esperavam que o PMI baixasse para 49,9.
A economia da China se recuperou com força da queda induzida pela pandemia em 2020, embora o embalo tenha começado a se esvaziar no verão do hemisfério norte do ano passado, com uma crise de dívida no mercado imobiliário e medidas rígidas contra o vírus abalando a confiança e os gastos do consumidor.
Formuladores de políticas públicas prometeram estabelecer o crescimento este ano, e todas as atenções estão voltadas para a reunião anual do principal corpo legislativo do país, que começa em 5 de março, durante a qual o governo apresentará objetivos econômicos para este ano e provavelmente mais medidas de estímulo.
Os novos pedidos cresceram pela primeira vez desde agosto do ano passado, com a demanda melhorando após os feriados do Ano Novo Lunar. Setores como farmacêutico, equipamentos especiais e indústrias automobilísticas expandiram rapidamente no mês passado.
No entanto, o crescimento da produção desacelerou, com um subíndice em 50,4, ante 50,9 em janeiro.