Economia

Crescimento econômico, empregos e inflação colidem em escolha de Biden para Fed

17 nov 2021, 8:17 - atualizado em 17 nov 2021, 8:17
Federal Reserve
O nomeado como próximo chair do Federal Reserve, herdará uma economia que se encaminha para o crescimento anual mais rápido em uma geração (Imagem: REUTERS/Chris Wattie)

O nomeado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como próximo chair do Federal Reserve, que deverá ser conhecido nesta semana, herdará uma economia que se encaminha para o crescimento anual mais rápido em uma geração, com aumentos salariais fluindo para os trabalhadores mais mal pagos, fortes contratações e contas bancárias das famílias cheias de dinheiro.

A pessoa a ser escolhida por Biden também herdará uma situação em que casas, carros, alimentos e roupas estão se tornando cada vez mais caros.

E seja o atual chair Jerome Powell, seja a diretora do Fed, Lael Brainard, o novo comandante do banco central enfrentará um choque de inflação que traz riscos para o presidente, a economia e o Fed.

A alta dos preços já começou a azedar o ânimo do eleitorado, levando os números de aprovação de Biden ao ponto mais baixo de sua presidência.

Os preços mais altos são citados nas pesquisas como uma preocupação que cruza linhas partidárias e faixas de renda e é compartilhada mesmo entre aqueles para quem os custos mais elevados foram compensados pelos pagamentos contínuos do governo.

Para o Fed, isso apresentou um problema antigo em novas circunstâncias –com cadeias de abastecimento globais emaranhadas, um mercado de trabalho dos EUA difícil de ler e potencialmente reduzido e preços em alta potencialmente forçando o banco central a aumentar as taxas de juros e desacelerar o crescimento antes que a economia recupere os empregos e os níveis de força de trabalho observados antes da crise do coronavírus.

É uma escolha que Biden e o Fed esperavam que pudesse ser evitada em um esforço para impulsionar o crescimento do emprego mais e mais profundamente na economia, na expectativa de que a inflação se comportasse aproximadamente da mesma forma que antes da pandemia. Mas não é isso que tem acontecido.

“Seis por cento de inflação não é o nível certo de inflação, todos podemos concordar com isso”, disse Nela Richardson, economista-chefe da ADP, empresa que processa folhas de pagamento, citando o maior aumento nos preços ao consumidor em três décadas, que engoliu o crescimento dos salários e ultrapassou em muito a meta de 2% do Fed.

O Fed ainda espera que o ritmo acelerado de aumentos de preços seja “transitório”, mas “os consumidores mais ricos têm o luxo do tempo”, disse Richardson. “Consumidores de baixa renda menos qualificados, não. Por mais que eu entenda o argumento transitório, esperar não é a melhor opção para algumas pessoas.”

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