Internacional

Crescimento da Zona do Euro desacelera no 2º trimestre, afetado por fraco comércio

06 set 2019, 9:16 - atualizado em 06 set 2019, 9:17
Indústria
Contração alemã e Brexit incerto contribuem para desaceleração econômica do continente, conforme dados da União Europeia (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O crescimento econômico da zona do euro desacelerou pela metade no segundo trimestre deste ano, com a economia alemã contraindo e o comércio perdendo força, mostraram dados da União Europeia (UE) nesta sexta-feira, confirmando estimativas anteriores.

A agência de estatística da UE, a Eurostat, informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro cresceu 0,2% no segundo trimestre, após expansão de 0,4% nos primeiros três meses do ano.

Os dados corresponderam às estimativas anteriores da Eurostat e às expectativas do mercado, confirmando uma perspectiva sombria para o bloco monetário de 19 países, que enfrenta ameaças e incertezas sobre o Brexit e as guerras comerciais globais.

O comércio como um todo diminuiu durante o trimestre, uma vez que as importações cresceram menos que no primeiro trimestre e as exportações ficaram estáveis ​​após crescimento de 0,9% no trimestre anterior. No geral, o comércio retirou 0,1 ponto percentual do crescimento do PIB.

O presidente dos EUA, Donald Trump, intensificou a guerra comercial dos Estados Unidos com a China em maio, aumentando as tarifas de importação sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses, atingindo os mercados financeiros.

Embora a UE não esteja diretamente envolvida nessa disputa, as empresas europeias sentiram o baque, como as que produzem na China ou as que fornecem, por exemplo, máquinas para fábricas chinesas.

Washington também ameaçou repetidamente novas sanções comerciais às empresas da UE, depois de impor tarifas sobre aço e alumínio no ano passado.

A economia da Alemanha, a maior do bloco e com forte dependência de exportações, contraiu 0,1% no trimestre, registrando o pior desempenho da zona do euro.

Uma nova queda nas encomendas industriais alemãs em julho, divulgada na quinta-feira, aumentou os riscos de recessão no terceiro trimestre naquele que é tradicionalmente o motor econômico da Europa.

A Itália, terceira maior economia da zona do euro, interrompeu seu crescimento após uma leve expansão de 0,1% no primeiro trimestre. A economia francesa, a segunda maior do bloco, manteve um crescimento de 0,3% no segundo trimestre, igualando o resultado dos três primeiros meses do ano.

A Eurostat confirmou também que o crescimento do emprego desacelerou no bloco para 0,2% no segundo trimestre, ante 0,4% no primeiro trimestre.

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