Economia

Crescimento da indústria do Brasil perde força no início do 4º trimestre, mostra PMI

01 nov 2019, 10:19 - atualizado em 01 nov 2019, 10:19
Brasil
Indústria do Brasil caiu a 52,2 em outubro, de 53,4 em setembro, mas ainda assim permaneceu pelo terceiro mês seguido acima da marca de 50, que separa crescimento de contração (Imagem: Pixabay)

A indústria brasileira manteve-se em território de crescimento no início do quarto trimestre, embora a um ritmo mais lento, diante do aumento da entrada de novos trabalhos e produção e com o otimismo permanecendo elevado.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do Brasil caiu a 52,2 em outubro, de 53,4 em setembro, mas ainda assim permaneceu pelo terceiro mês seguido acima da marca de 50, que separa crescimento de contração.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IHS Markit mostraram que o crescimento foi sustentado em todas as categorias, com destaque para o subsetor de bens de consumo.

Confira na íntegra documento:

A melhora das condições econômicas e o fortalecimento da demanda levaram à expansão das encomendas à indústria, embora o ritmo tenha sido o mais fraco desde julho.

Assim, a produção cresceu em outubro pelo terceiro mês, mas em velocidade menor do que em setembro.

Embora o volume total de novos trabalhos tenha aumentado, as vendas ao exterior contraíram pelo segundo mês em outubro, com indícios de fraqueza da demanda da Argentina e do Paraguai.

“Ainda que o comércio global permaneça fraco, foi a fraqueza nas vendas para países da América do Sul que mais impactou as encomendas internacionais, de acordo com as empresa monitoradas”, disse a economista do IHS Markit Pollyanna De Lima.

“Desde que os novos trabalhos possam continuar a ser gerados internamente, os produtores devem ter um final de ano feliz”, completou.

O emprego se manteve estável, mas a criação sólida de vagas foi compensada por cortes em empresas que se focaram em medidas de redução de custos.

Já o custos de produção aumentaram ainda mais no mês, devido principalmente à depreciação do real contra o dólar, e a taxa de inflação chegou à máxima de cinco meses. Para proteger suas margens, os produtores elevaram os preços de venda para o maior patamar desde junho.

Em relação ao otimismo, as projeções de crescimento permaneceram em outubro, com a indústria esperando novos negócios, estabilidade das condições econômicas e aprovação de políticas estatais favoráveis para sustentar o aumento da produção nos próximos 12 meses. Entretanto, ainda assim o nível do sentimento positivo caiu a mínima em três meses.

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