Internacional

Crescimento da China deve desacelerar para 4,5% em 2025 com tarifas dos EUA

14 jan 2025, 9:59 - atualizado em 14 jan 2025, 9:59
China
Os possíveis aumentos das tarifas pelos EUA são o maior obstáculo para o crescimento da China este ano, disseram analistas do UBS. (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

O crescimento econômico da China deve desacelerar para 4,5% em 2025 e esfriar ainda mais para 4,2% em 2026, segundo pesquisa da Reuters, com as autoridades a caminho de implementar novas medidas de estímulo para amenizar o impacto dos iminentes aumentos de tarifas de importação pelos Estados Unidos.

O Produto Interno Bruto (PIB) provavelmente cresceu 4,9% em 2024 – bem próximo da meta anual do governo de cerca de 5%, impulsionado por medidas de estímulo e fortes exportações, de acordo com a mediana das previsões de 64 economistas consultados pela Reuters.

No entanto, a segunda maior economia do mundo enfrenta tensões comerciais crescentes com os EUA, uma vez que o presidente eleito Donald Trump, que tem prometido tarifas pesadas sobre os produtos chineses, retornará à Casa Branca na próxima semana.

“Os possíveis aumentos das tarifas pelos EUA são o maior obstáculo para o crescimento da China este ano e podem afetar as exportações, o investimento das empresas e o consumo das famílias”, disseram analistas do UBS em nota.

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“Prevemos (também) que a atividade imobiliária continuará recuando em 2025, embora com um impacto menor sobre o crescimento.”

É provável que o crescimento tenha melhorado para 5,0% no quarto trimestre em relação ao ano anterior, acelerando em relação ao ritmo de 4,6% do terceiro trimestre, à medida que uma enxurrada de medidas de apoio começou a entrar em vigor, mostrou a pesquisa.

Em termos trimestrais, a previsão é de que a economia cresça 1,6% no quarto trimestre, em comparação com 0,9% entre julho e setembro, de acordo com o levantamento.

O governo divulgará os dados do PIB do quarto trimestre e do ano inteiro, junto dos números para a atividade de dezembro, na quinta-feira.

Analistas esperam que mais estímulos sejam apresentando este ano, mas dizem que o escopo e o tamanho das ações podem depender da velocidade e da agressividade com que Trump implementa as tarifas ou outras medidas.

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reuters@moneytimes.com.br
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