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Cresce chance de Vale pagar forte dividendo de 10% em 2020, indica Credit Suisse

24 set 2019, 22:34 - atualizado em 24 set 2019, 22:41
Vale
Segundo o Credit Suisse, um resultado positivo em disputa arbitral aumenta a probabilidade de pagamento forte de dividendos acontecer (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

Uma decisão do Tribunal Superior inglês, que decidiu que a Vale (VALE3) pode prosseguir com a execução da sentença arbitral de US$ 2 bilhões obtida contra a BSG Resources (BSGR), pode liberar mais dinheiro para ser distribuído aos acionistas no ano que vem, indica o Credit Suisse em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (24).

“Embora haja vários passos à frente até que uma decisão final possa ser obtida e dependa de uma análise mais aprofundada pelo sistema judicial nos EUA e na Inglaterra (que carrega um certo grau de incerteza), recebemos essas notícias de uma maneira favorável”, explicam Caio Ribeiro e Rafael Cunha.

Segundo eles, a probabilidade é de um resultado positivo, apesar de o momento ainda ser incerto.

O banco calcula que, com a dívida líquida atual da empresa em US $ 9,7 bilhões e uma relação dívida líquida/Ebitda em 0,9 vez, além de uma forte geração de caixa livre de 15% prevista para 2020, a possibilidade de um rendimento de dividendo (dividend yield) de 9% a 10% no ano que vem é possível.

“Um resultado positivo nessa disputa apenas aumentaria a probabilidade desse pagamento forte acontecer, em nossa opinião”, indicam.

Risco de maior pagamento de impostos para o setor de mineração é o maior para a Vale

Regulação

O Credit Suisse chama a atenção para o fato de que o principal risco para a Vale continua sendo a estrutura regulatória e, em particular, a aplicação potencial de um imposto especial de participação para mineração.

“No entanto, destacamos que as propostas feitas pelo Senado ainda podem estar sujeitas a revisões substanciais e o resultado final pode ser mais suave do que o relatório inicial sugere. Também existem vários argumentos legais que podem representar um forte desafio à implementação”, explica.

A recomendação para as ações é outperform (desempenho acima da média), o mesmo que compra.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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