Credor argentino diz ser “muito difícil” país evitar default
Um importante membro do grupo de credores da Argentina disse nesta quinta-feira que seria “muito difícil” para o país evitar default, enquanto o governo tenta chegar até o fim da semana a um acordo com credores para uma reestruturação maciça da dívida.
Autoridades argentinas estão tentando alcançar um acordo com detentores de títulos para a reestruturação de 65 bilhões de dólares em dívidas ou então arriscar o nono default do país conforme se aproxima a sexta-feira, duro prazo final para pagamento de títulos.
“Eu odiaria ver algo desordenado como um duro default”, disse Hans Humes, que chefia a Greylock Capital e tem liderado um grupo de hedge funds e outros credores privados.
Humes, falando em uma conferência online, disse ser mais provável que a Argentina chegue a um consenso com seus credores após o prazo de sexta-feira.
“Dentro da estrutura apresentada pelo FMI e por Martín Guzmán (Ministro da Economia), deveria haver flexibilidade suficiente para chegar a um acordo que seja aceitável, mas teremos que ver”, disse Humes.
Os credores do país sul-americano elaboraram contrapropostas no final da semana passada, depois de rejeitarem uma proposta inicial do governo envolvendo um hiato de pagamento de três anos, um corte de 62% no cupom e o adiamento de vencimentos para 2030 e além.
Guzmán disse mais cedo nesta semana que existe uma “grande chance” de as negociações da Argentina com os credores se estenderem para além de sexta-feira.