AgroTimes

Créditos de carbono: Brasil pode alcançar receita de US$ 120 bilhões até 2030

06 out 2022, 4:00 - atualizado em 05 out 2022, 14:34
Créditos de carbono
Brasil pode atender a quase a metade da demanda global por créditos de carbono até 2030. (Imagem: Unsplash/@micheile)

O Brasil tem um imenso potencial no mercado de créditos de carbono e pode atender 48% da demanda global até 2030, aponta um mapeamento inédito do ecossistema nacional do segmento feito pela ICC Brasil – Câmara de Comércio Internacional, em parceria com a WayCarbon, ao qual o Money Times teve acesso.

De acordo com a projeção atual, o potencial de geração de receitas com créditos de carbono até 2030 para o Brasil subiu de US$ 100 bilhões para até US$ 120 bilhões, considerando o preço de um cenário otimista de US$ 100 por tonelada, valor estipulado pela TSVCM (Taskforce on Scaling Voluntary Carbon Markets).

Isso se contrapõe a capacidade de atendimento do Brasil de 22,3% a 48,7% da demanda global por créditos do mercado voluntário, que deve chegar entre 1,5 e 2 giga toneladas de CO2 e no final da década.

O país pode obter entre R$ 1,39 e R$ 4,63 bilhões em 2030, quando considerado os preços médios dos créditos por tipos de projetos até agosto de 2021.

O estudo tem por objetivo de  atualizar o mercado sobre o desenvolvimento do mercado de créditos de carbono após a COP-26, celebrada em Glasgow em novembro de 2021.

Brasil na economia verde

Atualmente, a oferta brasileira corresponde a cerca de 12% das emissões mundiais (45,28 MtCO2 em créditos de carbono no mercado voluntário em 2021), superando a participação de 2019 (3%) e o cenário mais otimista (10%) utilizado no estudo do ano passado para 2030.

Tal desempenho é reflexo do aumento do número de créditos emitidos de soluções baseadas na natureza e da influência da regulamentação do Artigo 6 do Acordo de Paris na COP-26.

“O nosso objetivo é entregar uma bússola que indique o caminho aos agentes econômicos de forma transparente para que eles possam desenvolver, estruturar e fortalecer esse mercado”, explica Laura Albuquerque, gerente geral de consultoria da WayCarbon, à frente da pesquisa.

Em 2022, a WayCarbon ouviu diversos agentes econômicos do mercado de carbono a fim de mapear a dimensão do ecossistema do segmento nacional para elencar seus principais atores e o estágio da maturidade desse ambiente, além de principais barreiras e recomendações para o seu desenvolvimento.

Foram entrevistadas 25 empresas atuantes no mercado de carbono. Entre as empresas que fomentaram a pesquisa estão: Bayer, Eneva (ENEV3), Itaú (ITUB4), Marfrig (MRFG3), Natura (NTCO3), Santander (SANB11), Tauil & Chequer Advogados e Trench Rossi Watanabe Advogados.

“Ainda há muito o que fortalecer não apenas nos mercados de carbono globais, mas também nacionais. É um mecanismo importante para a transição a uma economia de baixo carbono, que impulsiona o desenvolvimento econômico, social e ambientalmente responsável de nosso país”, avalia Gabriella Dorlhiac, diretora executiva da ICC Brasil.

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Sete dias por semana e nas 24 horas do dia, você terá acesso aos assuntos mais importantes e comentados do momento. E ainda melhor, um conteúdo multimídia com imagens, vídeos e muita interatividade, como: o resumo das principais notícias do dia no Minuto Money Times, o Money Times Responde, em que nossos jornalistas tiram dúvidas sobre investimentos e tendências do mercado, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
Linkedin Instagram Site
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
Linkedin Instagram Site
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar