Crédito rural: mercado não travou pós-eleições e o que está prejudicado, prejudicado já estava
Na semana em que o dólar despencou 4,5% após a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva, não houve alterações nas taxas de juros dos bancos ao crédito rural, nem sobre o dinheiro próprio, e os produtores continuaram recorrendo a recursos para tocarem suas vidas.
Nem nesta segunda (7), a rede de franquias Sonhagro também não acusou nenhuma mudança vinda das instituições que a empresa representa na intermediação de crédito rural.
Romário Alves, fundador e CEO, não percebeu nem mesmo demanda mais curta por causa de paralisações e os pedidos da rede de 45 lojas, espalhadas em oito estados, fluíram normalmente à sede da Sonhagro, na mineira Divino.
“O agro não para”, diz ele, ecoando chavão bastante conhecido que envolve o setor.
Muito menos as instituições financeiras mostraram alguma cautela na concessão de crédito diante do resultado das urnas, contrariando a expectativa de que a derrota de Jair Bolsonaro (PL) poderia prejudicar.
O que já está prejudicado, prejudicado estava. As linhas empresariais do Pronamp, para médios empresários, já vêm em recuo para custeio e praticamente zeradas para investimento.
Para custeio, a taxa é de 8%.
Banco do Brasil ainda tem um pouco. Com taxas de 11,5% anual até 13,5%, mais TR. Linha InvestAgro.
Para os produtores que faturam acima de R$ 2,4 milhões, de 18% a 22% ano em recursos próprios, explica Alves.
Em recursos subsidiados, os juros são de 12%, mas o proprietário da Sonhagro não vê dinheiro a juros controlados para eles.
Para o Pronaf, agricultura familiar, não falta dinheiro do Plano Safra, em torno de 5% e 6%. Só para.
Uma das boas saídas para a compra de bens que Romário Alves pontua para os produtores é a participação de consórcios, ramo que cresce, inclusive com carta de crédito já contemplada podendo ser adquirida com a Sonhagro.
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