Bancos

Credit Suisse se reestrutura na América Latina com fusão de regiões

27 nov 2020, 14:17 - atualizado em 27 nov 2020, 14:17
Credit Suisse
Fernández Amann, que trabalha em Zurique, supervisiona o Credit Suisse na América Latina, exceto o Brasil, desde que foi promovido em uma reestruturação regional em agosto de 2018 (Imagem: Reuters/Arnd Wiegmann)

O Credit Suisse planeja unir algumas de suas regiões de gestão de patrimônio na América Latina em uma reestruturação destinada a transferir recursos e cortar custos em uma área de crescimento-chave para o banco suíço.

O grupo “andino” de clientes do banco, do Peru ao Caribe, será dividido, com alguns países incluídos na região do México e América Central e o restante em um grupo sul-americano, que exclui o Brasil.

“Revisamos nossa configuração operacional na América Latina para otimizar nossa entrega de serviço aos nossos clientes”, disse em comunicado Jorge Fernández Amann, responsável por América Latina da divisão internacional de gestão de patrimônio. Ele destacou que a região tem “importância estratégica” para o banco suíço.

O braço internacional de gestão de patrimônio, sob o comando de Philipp Wehle desde o ano passado, busca aumentar as receitas com os ultrarricos. Wehle tem reduzido o número de subordinados regionais para desfazer uma estrutura criada pelo antecessor, embora a região de Fernández Amann tenha sido deixada intacta.

Fernández Amann, que trabalha em Zurique, supervisiona o Credit Suisse na América Latina, exceto o Brasil, desde que foi promovido em uma reestruturação regional em agosto de 2018.

Como parte das mudanças, Daniel Clavijo, diretor-gerente que chefiava a região andina, vai deixar o banco, disse um porta-voz do Credit Suisse em resposta à Bloomberg News.

Novas contratações

As novas contratações de Fernández Amann para atender às famílias mais ricas da América Latina incluem um grupo que trabalhava no rival UBS.

Essa equipe em Zurique, liderada por Vicente Cresto e cinco gestores de patrimônio de nível sênior, começará em dezembro sob a supervisão de Fernández Amann e Marcello Chilov, que comanda a unidade de gestão de patrimônio do Credit Suisse no Brasil, segundo memorando interno confirmado pelo banco. As contratações foram divulgadas anteriormente pela Finews.

O CEO Thomas Gottstein anunciou sua primeira grande reestruturação do banco suíço no final de julho. O Credit Suisse está unindo os braços de assessoria e trading em uma única divisão, liderada pelo responsável por mercados globais Brian Chin, ao mesmo tempo em que avança com o corte de custos nas funções de risco e conformidade e inicia uma revisão da unidade de gestão de ativos.

A unidade internacional de gestão de patrimônio tem como meta economia bruta de 80 milhões de francos suíços (US$ 88 milhões) em 2021.

No entanto, desse total, 50 milhões devem vir da gestão de ativos, onde o banco começou a fechar fundos e fazer demissões na unidade de ativos alternativos. Várias das estratégias enfrentaram obstáculos em meio à volatilidade causada pela pandemia de Covid-19.

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