Credit Suisse perde clientes ricos para UBS na Ásia com crise
O UBS teve ingressos significativos de clientes que saem do Credit Suisse em seu negócio de gestão de patrimônio na região Ásia-Pacífico nos últimos três meses, em meio à crise de confiança que abala o rival.
Centenas de clientes ricos buscaram colocar seu dinheiro no UBS na importante região de crescimento, e o banco planeja realocar funcionários para lidar com a expansão das contas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, que pediram para não serem identificadas.
O Morgan Stanley também está entre os bancos que se beneficiam dos saques de fundos do Credit Suisse, disseram as pessoas.
Os saques de clientes são um grande revés para o Credit Suisse, em um momento em que o credor passa por uma transformação interna, com foco maior em private banking.
Os bancos globais travam uma concorrência acirrada por uma parcela maior da riqueza asiática, e competem para contratar consultores que podem trazer bilhões de dólares em ativos de clientes.
Porta-vozes do UBS, Credit Suisse e Morgan Stanley não quiseram comentar.
Os clientes do Credit Suisse sacaram até 84 bilhões de francos suíços (US$ 89 bilhões) do banco globalmente durante as primeiras semanas do atual trimestre, possivelmente o pior êxodo desde a crise financeira e contribuindo para uma previsão de prejuízo no período.
As saídas foram particularmente pronunciadas na área de gestão de fortunas, onde chegaram a 10% dos recursos sob gestão. Embora tenham sido “substancialmente reduzidos em relação aos níveis elevados das duas primeiras semanas de outubro de 2022”, os saques ainda não foram revertidos, disse o banco na quarta-feira.
O Citigroup recentemente contratou quatro profissionais do Credit Suisse em Hong Kong para impulsionar a gestão de riqueza no centro financeiro asiático.
O Deutsche Bank também contratou o executivo veterano do Credit Suisse Jin Yee Young como chefe de private banking internacional na região Ásia-Pacífico.
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