Credit Suisse eleva preço-alvo da Usiminas, de olho em maior venda de automóveis
É apenas uma questão de tempo, para que a Usiminas (USIM5) também seja beneficiada pela retomada da economia. A avaliação é do Credit Suisse, que elevou o preço-alvo das ações de R$ 10 para R$ 11,50, além de reforçar sua recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado).
O novo valor representa um potencial de alta de 22,5% sobre o fechamento das ações nesta quarta-feira (15). Em relatório assinado pelos analistas Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, o Credit Suisse reconhece que a Gerdau (GGBR4) decolou antes, devido ao seu foco em aços longos, que se beneficiam diretamente do crescimento da construção civil.
Mas, o ano começa promissor para a Usiminas, que produz aços planos – matéria-prima do setor automotivo. “Acreditamos que, ao longo de 2020, as baixas taxas de juros, atreladas à retomada da confiança dos consumidores, devem se traduzir em um incremento da demanda por veículos”, afirma o relatório.
Retomada
“Como consequência, vemos a demanda por aços planos, no Brasil, crescendo 4% em 2020, e também enxergamos espaço para reajustes nos preços”, acrescenta o Credit Suisse.
O banco suíço observa que, nos últimos meses, a Usiminas foi prejudicada também pela crise econômica da Argentina, a maior importadora de carros do Brasil. Os analistas afirmam, contudo, que os estoques argentinos já estão caindo, e é “é apenas uma questão de tempo, até a demanda doméstica crescer e compensar exportações potencialmente fracas”.
O banco projeta uma geração de caixa, medida pelo ebitda, de R$ 2,7 bilhões para a companhia neste ano. O Credit Suisse alerta que as ações da Usiminas podem frustrar as expectativas, caso os preços do aço caiam, a moeda brasileira se valorize, a demanda interna seja mais fraca que a esperada ou se as tarifas de importação forem revistas.