Credit Suisse eleva preço-alvo da AES Tietê, mas potencial de alta é praticamente nulo
A geradora de energia AES Tietê (TIET11) começou a semana com uma notícia ambígua. O Credit Suisse elevou seu preço-alvo de R$ 12,50 para R$ 15,62 para os próximos 12 meses. A recomendação também subiu para neutra.
Pode parecer uma boa notícia, mas, se o valor for confirmado, significará que a empresa já atingiu todo o potencial de ganho previsto para o ano, já que ele é idêntico ao fechamento da última sexta-feira (3): R$ 15,62.
Assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Luis Lima, o relatório lista cinco razões para o otimismo com a companhia elétrica. O primeiro é a queda do custo de equity de 10,9% para 10%, devido à maior participação de fontes renováveis de energia no portfólio da empresa, bem como o maior volume contratado desse tipo de geração.
O segundo motivo é diretamente ligado a esse: o avanço dos projetos de energia eólica Tucano I e Tucano II. O banco suíço acrescenta uma probabilidade de 50% de que esses projetos possam ampliar sua capacidade de geração em 100 MW.
Além disso, a queda dos juros implica num menor custo financeiro. O quinto fator são os preços da energia elétrica ligeiramente abaixo da média.
Essa conjunção acarretará, nos cálculos do Credit Suisse, numa queda de 2,7% na geração de caixa da AES Tietê em 2020, medida pelo ebitda, compensada pelo menor custo de capital, pelo avanço na geração eólica e pelos prazos de contratação de energia.
No melhor cenário, o Credit Suisse estima que as ações possam alcançar R$ 17,89 em 12 meses. No pior, os papéis recuariam para R$ 11,96.