Credit Suisse, dólar e acordo no Mar Negro afetam commodities agrícolas
A quarta-feira (15) foi de movimentos distintos para as principais commodities agrícolas, em virtude de diferentes fatores que afetaram os preços dos grãos.
Milho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou a compra de cerca de 667 mil toneladas
de milho dos Estados Unidos pela China, o que trouxe otimismo para a demanda no país.
Além disso, a queda de 20% nas ações Credit Suisse, que resultou numa disparada do dólar hoje, fez com que o contrato dos grãos para maio registra-se avanço de 0,72%, fechando em US$ 6,25.
Trigo
O trigo fechou com avanço de 0,75%, com o bushel sendo negociado a US$ 7,01, em meio ao impasse sobre a renovação do acordo de grãos firmado entre Rússia e Ucrânia que garante os embarques dos grãos ucranianos via Mar Negro e que tem validade até este sábado (18).
De acordo com a agência de notícias RIA, a Rússia não se opõe a estender o acordo, mas por apenas 60 dias.
Soja
De acordo com o analista de commodities da Safras & Mercado, Rafael Silveira, o mercado da soja seguiu negativo durante toda a sessão, e conforme a colheita avança no Brasil, a competitividade da oleaginosa brasileira ganha espaço e pressiona Chicago.
Com isso, os grãos com contrato para maio fechou com queda de 0,30%, com o bushel sendo negociado a US$ 14,88.
Agora, as expectativas giram entorno de como será a intenção de plantio nos Estados Unidos para a soja, já que a depender dos dados, Chicago pode consolidar quedas maiores.