Credit Suisse diz que CEO não sabia de caso de espionagem
O Credit Suisse inocentou seu presidente-executivo Tidjane Thiam de ordenar uma vigilância do ex-chefe de gestão de fortunas Iqbal Khan, mas disse que seu braço direito renunciou devido ao caso de espionagem que afetou a reputação do banco.
Khan, que deixou o segundo maior banco da Suíça em julho e começou a trabalhar nesta terça-feira no arquirrival UBS, era vigiado por detetives particulares contratados pelo Credit Suisse de 4 a 17 de setembro.
Uma investigação do Credit Suisse realizada pelo escritório de advocacia Homburger descobriu que o vice-presidente de operações Pierre-Olivier Bouee iniciou a vigilância de Khan para ver se ele estava tentando convencer ex-colegas a se juntar a ele no UBS, disse o banco nesta terça-feira.
Urs Rohner, presidente do conselho do Credit Suisse, disse que Khan deixou o banco depois de uma disputa pessoal com Thiam, o que impossibilitou que os dois trabalhassem juntos.
Rohner disse a jornalistas que Thiam ainda desfruta da total confiança do conselho. “Não temos absolutamente nenhuma evidência de que ele foi informado da vigilância”, disse ele, enquanto se desculpava com Khan e sua família pelo incidente.
A investigação criminal sobre a operação de espionagem continua.
“O conselho de administração considera que a ordem para a vigilância de Iqbal Khan é errada e desproporcional e resultou em graves danos à reputação do banco”, afirmou o conselho do Credit Suisse em comunicado.