Comprar ou vender?

Credit Suisse corta preço-alvo da Vivo de R$ 52,50 para R$ 46,00

31 jul 2018, 14:31 - atualizado em 31 jul 2018, 14:32

Por Investing.com – Na tarde desta terça-feira, as ações da Vivo (VIVT4) operam com leve valorização de 0,29% a R$ 41,42. Mais cedo, o Credit Suisse divulgou relatório cortando o preço-alvo das ações da companhia de R$ 52,50 para R$ 46,00.

Na visão dos analistas do banco suíço, a maior operadora de telefonia móvel do país deve ter nova queda na receita mensal por cliente, o que deve pesar no crescimento do faturamento. A estimativa é que cerca de metade das receitas de serviço móvel da Vivo venha dos clientes do segmento pós-pagos de ponta.

“Clientes no segmento de ponta com planos de 6 GB um ano atrás agora são capazes de reduzir suas contas em 25 por cento e ainda receberem mais do que o dobro dos GBs que tinham. Acreditamos que essa é uma boa proxy do quanto o Arpu no segmento pode diminuir à medida que os clientes atualizam gradualmente seus planos”, afirmou a equipe liderada por Daniel Federle, não descartando uma queda maior.

O Credit Suisse estima receita de R$ 43,36 bilhões em 2019 ante previsão de receita de R$ 43,42 bilhões em 2018.

A equipe destacou que as ações estão sendo negociadas com múltiplos descontados em relação à média histórica, o que atribuem ao ímpeto operacional mais fraco da Vivo. O Credit Suisse destacou que não espera um re-rating antes de sinais de estabilização nas tendências operacionais.

Na última quarta-feira, a Vivo divulgou o resultado do segundo trimestre do ano, com lucro líquido saltando 261% na base proforma para R$ 3,153 bilhões.

O desempenho se deu em função da melhora do resultado operacional e de efeitos extraordinários no período. Excluindo efeitos não recorrentes, o lucro líquido subiu 28,7% na comparação anual, beneficiado também pela melhora no resultado financeiro.

O resultado operacional medido pelo lucro ante de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado alcançou 5,183 bilhões de reais, alta de 46,9 por cento ano a ano, com margem Ebitda de 47,9 por cento. Já o Ebitda recorrente totalizou 3,73 bilhões de reais, crescimento de 5,8 por cento no ano a ano e margem de 34,5 por cento.

Com Reuters.