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Credit Suisse busca dinheiro de fora para ‘spinoff’ de unidade

06 out 2022, 11:50 - atualizado em 06 out 2022, 11:50
Credit Suisse
O banco também estuda outras opções e as deliberações ainda estão em andamento (Imagem: REUTERS/Arnd Wiegmann)

O Credit Suisse busca trazer um investidor externo que injete dinheiro em seu plano para separar os ativos das divisões de consultoria e banco de investimento, em meio aos retoques finais da reestruturação conduzida pelo comando da empresa.

Os negócios visados para uma futura unidade nos moldes de uma boutique de investimentos incluem as equipes de consultoria e negociação como também a divisão financeira alavancada, disseram pessoas com conhecimento dos planos.

O banco está interessado em um investidor externo para assumir uma participação parcial e fornecer capital que também possa financiar custos de contratação e retenção de talentos, de acordo com as fontes.

As negociações para ressuscitar o nome First Boston para as empresas desmembradas, que gerariam a maior parte das receitas dos EUA, também avançam, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.

O banco também estuda outras opções e as deliberações ainda estão em andamento.

O banco de investimento do Credit Suisse está no centro da reestruturação planejada pelo CEO Ulrich Koerner, depois de acumular enormes perdas e estar na linha de frente de alguns dos maiores escândalos. O banco tenta reduzir riscos e custos associados ao negócio, ao mesmo tempo que procura reter parte das receitas e recursos para atender clientes em gestão de patrimônio.

A separação da unidade de negociação e subscrição efetivamente partiria a problemática divisão em três. O Credit Suisse ficaria com uma unidade de negociação mais enxuta e desmembraria o grupo de produtos securitizados e outros ativos que deseja vender. E atrair investidores externos ajudaria a responder como vai financiar uma grande reestruturação, questões que têm pesado sobre o desempenho na bolsa, já que o banco quer evitar uma venda de ações com o preço próximo a mínimas históricas.

O atrativo da unidade desmembrada seria uma participação em uma franquia com um longo histórico de assessoria em grandes fusões e ofertas de ações. Michael Klein, um negociador nos EUA que também faz parte do conselho de administração do Credit Suisse, esteve muito envolvido em defender o renascimento da marca First Boston, disseram as pessoas.

Ainda assim, o banco estaria vendendo a possíveis investidores um negócio de finanças alavancado, que foi atingido por perdas em meio à turbulência dos mercados, e uma unidade de negociação que perdeu vários profissionais com bom desempenho.

“Dissemos que atualizaremos o andamento de nossa revisão abrangente de estratégia quando anunciarmos nosso balanço do terceiro trimestre”, disse o banco em comunicado. “Seria prematuro comentar sobre quaisquer resultados potenciais antes disso.” Não está claro se o banco teve conversas significativas com possíveis investidores e os planos de separar as unidades não estão definidos, disseram as pessoas.

No passado, o Credit Suisse muitas vezes recorreu a investidores do Oriente Médio. A Qatar Investment Authority, por exemplo, investiu durante a crise financeira e comprou títulos conversíveis que a empresa emitiu no ano passado.

Um investidor externo de peso poderia ajudar a financiar a contratação de talentos com altos salários e bônus de retenção para a equipe existente, além de potencialmente conseguir trazer de volta negociadores que saíram, disseram as pessoas.

O Credit Suisse enfrenta um êxodo na divisão de banco de investimento, que se agravou após o colapso multibilionário do cliente de prime brokerage Archegos Capital Management.

Nos últimos dois anos, mais de 60 negociadores seniores pediram demissão. Mais recentemente, o Credit Suisse perdeu o codiretor bancário global na Europa e o vice-diretor de M&A para a Ásia-Pacífico.

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