Credit elogia teles na Bolsa e aponta Vivo como “acima da média”
Em meio aos sinais turvos do cenário político-econômico, o Credit Suisse atualizou estimativas para as ações do setor de telecomunicações na B3 enaltecendo fatores específicos das empresas. Os analistas elogiam a migração de clientes do pré para o pós-pago ainda sob um ambiente racional de competição e os esforços para corte de custos. Mas consideram que a Vivo tem mais espaço para andar na Bolsa na comparação com a TIM.
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A equipe de análise do banco suíço mantém a recomendação outperform (expectativa de desempenho acima da média do mercado) para as ações VIVT4 da Vivo e elevou o preço-alvo em 12 meses para R$ 58 (saindo de R$ 57). Já a TIM permaneceu com a sugestão neutral (desempenho em linha com a média do mercado), com preço-alvo para 12 meses elevado de R$ 10 por ação TIMP3 para R$ 12,5.
Em síntese, o time do Credit considera que o aumento da demanda por dados deve continuar sustentando o crescimento do mercado de telecom. E, enquanto o bolo cresce, as margens das empresas tendem a se beneficiar de aspectos como a digitalização de meios de pagamentos e iniciativas de maior eficiência tributária.
Nesse ponto, acrescenta a equipe da instituição financeira, a Vivo deve apresentar expansão mais forte do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) neste segundo semestre ao capturar só agora – ao contrário da concorrente – os benefícios da decisão do STF de que o ICMS não compõe mais a base de cálculo para a cobrança do PIS/Cofins.
“Elevamos a estimativa para o Ebitda em 1% para 2017 e em 2% para 2018”, diz relatório assinado por Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba.
A eficiência fiscal já fez a parte dela nos números do segundo trimestre da TIM. Para o banco suíço, a companhia tem entregado resultados fortes, especialmente na linha do Ebitda. “As margens devem continuar subindo, com melhora na tendência para as receitas e contínuo controle de custos. Notamos, porém, que a maior parte do grande trabalho da TIM na esfera de custos está feita e o crescimento de margens tende a ser mais gradual daqui para frente.”