Política

CPMI das Fake News ouvirá deputada Joice Hasselmann

04 dez 2019, 8:53 - atualizado em 04 dez 2019, 8:53
Joice Hasselmann Política PSL
Ao deixar a liderança, Joice disse que Bolsonaro tem uma “milícia virtual” para intimidar opositores e dissidentes (Imagem: Agência Câmara)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fake news (CPMI das Fake News) ouve hoje à tarde a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso.

Será a terceira tentativa de receber a deputada, que já cancelou os dois primeiros agendamentos, nos dias 12 e 20 de novembro. Como o requerimento para ouvi-la foi um convite, ela não está obrigada a comparecer.

Joice foi convidada para falar à CPMI pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) quatro dias depois ser destituída da liderança do governo no Congresso, cargo que ocupava desde o início do ano.

Rogério relatou que, depois de deixar a liderança, a deputada publicou em redes sociais que o presidente Jair Bolsonaro tem uma “milícia virtual” para intimidar críticos, opositores e dissidentes.

A CPMI das Fake News já ouviu duas outras pessoas que romperam com o governo Bolsonaro: o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência. Ambos criticaram a influência do círculo pessoal do presidente e questionaram as estratégias de comunicação do grupo.

A reunião está marcada para as 13 horas, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

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CPMI

A CPMI das Fake News é presidida pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) é a relatora da comissão, que tem o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como vice-presidente.

O colegiado foi criado para investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições 2018.

A prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores e sobre agentes públicos, o aliciamento e a orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio também estão entre os objetos de investigação da CPMI, que tem até o dia 13 de abril de 2020 para concluir seus trabalhos.