Política

CPMI das Fake News ouve suplente do senador Flávio Bolsonaro

10 dez 2019, 8:52 - atualizado em 10 dez 2019, 8:52
A comissão se reúne às 14h30 no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fake news (CPMI das Fake News) ouve hoje o empresário Paulo Marinho, primeiro-suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Marinho vai depor, a partir das 14h30,  no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. Ele foi um dos principais articuladores eleitorais do presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio, e sua casa no Rio de Janeiro (RJ) funcionou como centro de atividades da campanha.

Marinho foi convocado a pedido da deputada Natália Bonavides (PT-RN). Ela quer esclarecimentos do empresário sobre uma entrevista, concedida no mês de julho, na qual ele afirma que operações de disparos de mensagens de WhatsApp durante a campanha eleitoral funcionaram na sua casa.

Após a posse como suplente, Paulo Marinho se afastou do governo e trocou o PSL pelo PSDB.

CPMI

A CPMI das Fake News é presidida pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA) e tem o deputado Ricardo Barros (PP-PR) como vice-presidente.

O colegiado foi criado para investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições em 2018.

A prática de cyberbullying sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores e sobre agentes públicos, o aliciamento e a orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio também estão entre os objetos de investigação da CPMI, que tem até o dia 13 de abril de 2020 para concluir seus trabalhos.

Depoimentos anteriores

A comissão já ouviu diversos especialistas. Alguns alertaram para o risco de manipulação digital nas próximas eleições, outros apontaram o custo financeiro e dificuldades técnicas para combater as fake news.

O colegiado também já ouviu agente políticos, como o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; e os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) – que era do PSL e aliado do presidente Jair Bolsonaro -, e Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso.

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