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CPLE6, EGIE3 e TAEE11: Elétricas entram em campo em leilão de R$ 3,3 bi; o que esperar?

26 set 2024, 19:10 - atualizado em 26 set 2024, 19:19
Setor Elétrico
(Imagem: iStock/Leila Melhado)

As elétricas entram em campo na próxima sexta-feira (27) para mais um leilão de energia compreendendo 783 km de linhas de transmissão e subestações, com capex estimado em R$ 3,4 bilhões.

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Esses projetos greenfield estão localizados em cinco estados: Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia.

Ao todo, serão apenas quatro lotes, com investimento relativamente pequeno, o que deverá deixar o certame concorrido, na visão da XP.

Apesar disso, os licitantes podem enviar uma proposta para o bloco inteiro ou para os subblocos.

A Genial vai na mesma linha ao afirmar que o leilão é muito menor que os anteriores, tanto em números de lotes ofertados quanto em tamanho — única exceção é o lote 01 (1A/2B), com expressivo investimento de até R$ 2,9 bilhões.

“Entendemos que o uso de benefícios fiscais e sinergias operacionais com outros ativos podem ajudar a melhorar a eficiência e consequentemente os retornos dos ativos oferecidos. De acordo com nossas estimativas, as TIRs (taxa interna de retorno) oferecidas ficam entre 12,5-17% real alavancadas”, coloca.

Já o Bank of America acredita que a competição será mais suave. O banco lembra que nos últimos quatro leilões, os concorrentes ofereceram 42% de desconto nas receitas máximas.

“Isso se compara a um desconto médio de 52% nos leilões de 2018-22. A redução foi motivada pelo cenário de taxas de juros mais altas no Brasil e menor desempenho superior aos níveis regulatórios (capex e opex). Esperamos que essa tendência continue neste leilão”.

Quais empresas podem ganhar?

A Genial diz que tentar adivinhar quem vai emergir desses processos com alta competição é um processo desmoralizante.

“Dito isso, acreditamos termos a presença de todas as empresas de transmissão sob nossa cobertura no leilão”.

Já o BofA arrisca dizer alguns nomes como Copel (CPLE3), Engie Brasil (EGIE3) e Taesa (TAEE11).

“Em nossa visão, a Copel é uma provável concorrente do Bloco 1 (R$ 3 bilhões de capex) devido às sinergias com outros ativos no estado do Paraná”, coloca.

Já a Engie Brasil deve continuar com seu crescimento atual no setor de transmissão.

O banco destaca ainda que a Taesa, por sua vez, pode retomar sua participação em leilões de transmissão (último bloco vencido em 2022) porque, apesar de sua alta alavancagem (4 vezes a Dívida Líquida/EBITDA), o plano de capex dos contratos atuais termina em 2025-26.

Dado o pequeno tamanho dos Blocos 3 e 4, também é possível esperar a participação empresas não listadas e construtoras.

Neoenergia (NEOE3) e Transmissão Paulista (TRPL3) já declararam em teleconferências recentes que não farão lances no leilão.

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