Política

CPI quer apurar suposto acordo para burlar quarentena em jogo entre Brasil e Argentina

06 set 2021, 10:28 - atualizado em 06 set 2021, 10:28
Randolfe Rodrigues
O vice-presidente da CPI da Covid do Senado, anunciou que vai pedir à Confederação Brasileira de Futebol um pedido de esclarecimentos (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O vice-presidente da CPI da Covid do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que vai pedir à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido de esclarecimentos sobre um suposto acordo com autoridades do governo brasileiro para que jogadores da seleção argentina de futebol burlassem regras sanitárias no país em uma partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo entre Brasil e Argentina.

“ATENÇÃO! Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: Com quais autoridades o governo brasileiro fez ‘acordo’ para burlar as regras sanitárias da Anvisa?”, questionou ele, em sua conta no Twitter.


Na véspera, o clássico entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, foi suspensa depois que autoridades da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entraram em campo aos cinco minutos do primeiro tempo para se opor à participação de três jogadores argentinos que elas dizem terem quebrado as regras de quarentena contra a Covid-19.

O incidente ocorreu poucas horas depois que a Anvisa disse que quatro jogadores argentinos deveriam se isolar e não poderiam jogar a partida.

Cristian Romero, Giovani Lo Celso e Emiliano Martínez, que começaram a partida, estavam entre os quatro jogadores argentinos que atuam na Premier League da Inglaterra.

O presidente em exercício da CBF disse ter ficado “indignado” com as cenas que repercutiram no mundo do futebol.

Ednaldo Rodrigues criticou a Anvisa e afirmou que autoridades lhe disseram que os argentinos que violaram as regras contra Covid-19 do país poderiam ser deportados após disputarem a partida.

“(Estou) indignado e lamento em nome de todos os desportistas e de todo o público”, disse ele ao SporTV. “Com todo o respeito, a Anvisa extrapolou em suas decisões porque poderia ter evitado tudo isso antes e não esperar o jogo começar.