Justiça

CPI do BNDES ouve executivo da Odebrecht e Joaquim Levy

24 jun 2019, 15:04 - atualizado em 24 jun 2019, 15:04
Na quarta-feira (26), será a vez do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES Joaquim Levy (Imagem: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES promove nesta semana mais duas audiências públicas. Na terça-feira (25), os deputados vão ouvir o executivo da Odebrecht, Ernesto Sá Vieira Baiardi. O depoimento do executivo foi sugerido pelo relator da CPI, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) e será tomado no plenário 12, às 14h30.

Na quarta-feira (26), será a vez do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES Joaquim Levy. Ele será ouvido no plenário 7 a partir das 14h30.

Levy pediu demissão neste mês depois de ser criticado publicamente pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Ele é convocado e, por isso, é obrigado a comparecer.

A CPI investiga supostas irregularidades cometidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no período de janeiro de 2003 a 2015.

“O ex-ministro ocupou a pasta da Fazenda entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015 e, nesse período, formulou e executou políticas econômicas que tinham total correlação com as atividades do BNDES”, argumentou o deputado Elias Vaz (PSB-GO) ao defender o comparecimento de Levy. “Vários dos investimentos realizados em empresas brasileiras que se internacionalizaram foram feitos sob a gestão de Levy, o que o coloca como testemunha privilegiada das operações.”

O deputado lembra ainda que, de acordo com o Estatuto do BNDES, o banco tem a obrigação de submeter à prévia anuência do Ministro da Fazenda “a assinatura de acordos de acionistas ou renúncia de direitos neles previstos, ou, ainda, assunção e quaisquer compromissos de natureza societária”.