Política

CPI de Brumadinho ouve especialistas que anteciparam risco de rompimento da barragem

14 maio 2019, 10:22 - atualizado em 14 maio 2019, 10:22
Vale
deputado Rogério Correia (PT-MG), relator da CPI, lembra que Wagner Araújo poderá trazer informações sobre o processo de fiscalização da barragem Córrego do Feijão(Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o rompimento da barragem de Brumadinho (MG) realiza nova audiência pública nesta tarde.

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Irão depor o chefe do setor de fiscalização de barragens da Agência Nacional de Mineração em Minas Gerais, Wagner Araújo; o engenheiro de recursos hídricos da Vale (VALE3), Felipe Figueiredo Rocha; e a engenheira civil e consultora da Potamos Engenharia e Hidrologia, Maria Regina Moretti.

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O deputado Rogério Correia (PT-MG), relator da CPI, lembra que Wagner Araújo poderá trazer informações sobre o processo de fiscalização da barragem Córrego do Feijão.

Já Felipe Figueiredo Rocha é engenheiro e atua na área de recursos hídricos da Vale e, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo de 23 de abril, teria dito que a diretoria da Vale tinha conhecimento dos riscos de rompimento da barragem.

Maria Regina Moretti, por sua vez, é engenheira civil e atua como consultora da empresa Potamos, contratada pela Vale para fazer o cálculo do fator de segurança da barragem Córrego do Feijão.

A tragédia causada pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a 57 quilômetros de Belo Horizonte – Divulgação Corpo de Bombeiros de Minas Gerais

Segundo depoimento na CPI da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ela foi questionada pela empresa sobre a base do cálculo que atestou o fator de segurança como sendo 1,09. Ou seja, abaixo do mínimo de 1,3, recomendados pelos padrões internacionais para que a barragem possa ser considerada segura.

Relembre

No dia 25 de janeiro, uma barragem de mineração da Vale em Brumadinho se rompeu deixando até agora 238 mortos e 32 desaparecidos.

A lama de rejeitos de minério de ferro atingiu parte do centro administrativo da empresa, a comunidade Córrego do Feijão e o rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco.

Depois disso, a Câmara dos Deputados criou uma comissão externa e uma CPI para acompanhar o caso. Além disso, vários parlamentares apresentaram projetos de lei propondo alterações na política de segurança de barragens.