Política

CPI da Covid não produziu nada além de rancor e ódio, diz Bolsonaro

20 out 2021, 12:49 - atualizado em 20 out 2021, 12:49
Jair Bolsonaro
“Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para o nosso país. Tomaram tempo do nosso ministro da Saúde, servidores, pessoas humildes e empresários”, disse Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que a CPI da Covid do Senado não produziu nada a não ser “ódio e rancor”, em uma crítica no dia em que o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), faz a leitura do seu parecer que aponta Bolsonaro como principal responsável pelos erros na condução da pandemia que matou mais de 600 mil pessoas no país.

“Como seria bom se aquela CPI tivesse fazendo algo de produtivo para o nosso país. Tomaram tempo do nosso ministro da Saúde, servidores, pessoas humildes e empresários”, disse Bolsonaro durante evento no interior do Ceará.

“Nada produziram a não ser ódio e rancor”, emendou.

Renan sugeriu indiciamento de Bolsonaro por uma série de delitos: epidemia com resultado de morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, crimes contra a humanidade nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo.

Após reunião na véspera com senadores da CPI, o relator decidiu retirar as sugestões para os órgãos de controle indiciarem o presidente pelos crimes de homicídio e genocídio.

Bolsonaro eximiu-se de responsabilidade em seu discurso no Ceará, ao afirmar saber que “não temos culpa de nada” e que fez a “coisa certa desde o primeiro momento”. Ele voltou a defender medicamentos ineficazes contra a Covid-19 no tratamento da doença, um dos motivos que levaram Renan a pedir seu indiciamento.

Durante o discurso de Bolsonaro, a plateia de apoiadores do presidente gritou “Renan vagabundo”, ao que Bolsonaro respondeu: “A voz do povo é a voz de Deus”.

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