CPFL impressiona pela resiliência no 3º trimestre, comentam analistas
O desempenho da CPFL Energia (CPFE3) no terceiro trimestre do ano foi bastante positivo. Segundo o BTG Pactual (BPAC11), os resultados operacionais e financeiros divulgados pela companhia foram impressionantes, com o Ebitda consolidado atingindo R$ 1,9 bilhão (alta de 20,8% no comparativo anual).
O lucro líquido da companhia saltou mais de 80% e chegou a R$ 1,3 bilhão. O crescimento expressivo pode ser associado à melhora dos negócios de distribuição (lucro de R$ 571 milhões) e energias renováveis (lucro de R$ 538 milhões).
Em distribuição, o consumo residencial cresceu 8,8% no trimestre, visto que as pessoas ficaram mais em casa por conta das medidas de isolamento social impostas para conter a disseminação do coronavírus.
Para o BTG, no entanto, os números positivos no segmento podem ser majoritariamente atribuídos à melhora significativa dos custos gerenciáveis.
“As despesas de dívida, que caíram 43% na comparação ano a ano, foram o destaque”, comentaram os analistas Joao Pimentel e Fillipe Andrade, em relatório divulgado aos clientes.
Na área de geração, o volume produzido nas usinas renováveis, beneficiado pelo melhor desempenho dos ventos e pela disponibilidade de turbinas, aumentou 11% em relação a um ano antes.
Compra reiterada
O BTG reiterou a recomendação de compra da ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 40. De acordo com o banco, a CPFL tem se mostrado bastante resiliente contra a pandemia de covid-19.
“Com sorte, começaremos a ver sua área de renováveis melhorando com o tempo”, acrescentaram os analistas.
O Safra, que também elogiou a performance da companhia no trimestre, destacou que a CPFL mantém uma operação de qualidade no segmento de distribuição, localizado na região Sudeste do Brasil. Para o médio prazo, a instituição vê dois possíveis caminhos para a empresa: crescer por meio de fusões e aquisições ou distribuir dividendos.
“A redução de custos da integração de ativos renováveis deve trazer bons retornos”, disse o analista Daniel Travitzky, que assina o relatório de sexta-feira.
A recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) do Safra para o papel foi mantida. O preço-alvo indicado em 12 meses é de R$ 41,20.