CPFL (CPFE3): O que muda com o drástico corte de dividendos
Depois que a CPFL Energia (CPFE3) anunciou R$ 2,42 bilhões em dividendos (payout mínimo de 50%), a percepção dos investidores sobre o risco das ações pode mudar, ainda que a empresa tenha um perfil “defensivo”, disseram analistas.
“Embora parcialmente esperado [o anúncio de dividendos menos vultuosos] devido aos planos de crescimento da CPFL, as expectativas de rendimentos mais baixos podem reduzir o entusiasmo dos investidores com as ações”, pontuaram Artur Pereira e Gustavo Faria, analistas do Bank of America (BofA).
Eles acrescentaram que estão menos otimistas com ações da companhia também por conta da exposição a renovações de concessões de distribuição e ao prêmio em relação aos pares. A recomendação do BofA segue “neutra” para CPFE3.
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Na semana passada, analistas destacaram que os dividendos mínimos apontavam para a possibilidade de a empresa tentar comprar a Companhia Energética do Ceará (Coelce) – colocada à venda pela Enel, companhia que planeja, com a operação, reduzir seu endividamento.
“O mercado já havia antecipado [o payout mínimo], dadas as recentes declarações da administração sobre sua vontade de adquirir a Enel CE”, destacaram os analistas do Itaú BBA, reiterando a recomendação “outperform”, com preço-alvo de R$ 39,70.