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Covid-19: Como nova onda explica queda forte de bolsa de Hong Kong

15 mar 2022, 14:20 - atualizado em 15 mar 2022, 14:20
Covid-19 em Hong Kong; Bolsas asiáticas
Bolsas de Hong Kong caíram nesta terça-feira (Reuters)

A China está passando por uma nova onda de casos e mortes de coronavírus.

Em Hong Kong, a situação é particularmente difícil, com o número de mortes nos últimos dias atingindo a marca de 35,76 por milhão de habitantes — o maior número desde 2020, início da pandemia.

Isso, de acordo com a base de dados Our World in Data, coloca a região administrativa especial chinesa na posição de local com o maior número de mortes.

Quando a pandemia começou, Hong Kong tinha uma territória de “zero-Covid”, focada em testes em massa, rastreamento de contato, fechamento das fronteiras e quarentenas bastante restritas, que mantiveram o número de mortos em baixa por dois anos.

Segundo a CNBC, apesar de especialistas afirmarem que o local estava correto no começo do coronavírus, as políticas contra a doença podem ter “gerado uma certa complacência”, o que fez com que o governo fosse pego desprevenido por um surto que muitos identificaram como “inevitável”.

O surto de covid-19 na China acontece principalmente por conta da variante Ômicron, mais transmissível do que outras cepas do vírus.

Desde o início do surto no final de dezembro, foram confirmados 700 mil casos oficialmente. A população de Hong Kong é de 7,5 milhões de habitantes. Do total de cidadãos, 72% estão vacinados.

A crise sanitária pode ser explicada pelo tamanho de Hong Kong, que tem 1.106 km². A nível de comparação, São Paulo tem 1.521 km² de área.

Os efeitos no mercado

A covid também está causando efeitos graves nos mercados asiáticos.

Nesta terça-feira (15), o índice acionário chegou a cair mais de 6% durante o pregão e encerrou o dia em queda de 5,72% a 18,415.08 pontos, acompanhando a derrocada de preços do petróleo e liderando as perdas entre as bolsas de valores asiáticas.

Com o resultado, o índice Hang Seng encostou em seu desempenho mais baixo desde fevereiro de 2016, de acordo com dados da Refinitiv.

Apesar disso, o UBS afirma que os mercados chineses “se mantém atrativos” mesmo com as quedas e com a volatilidade.

“Acreditamos que as medidas de contenção da covid-19 podem atrasar, mas não inviabilizar, nossas expectativas de recuperação do consumo este ano. Esperamos mais volatilidade do mercado no curto prazo até que haja mais clareza sobre a eficácia dessas novas medidas de contenção. Com base em bloqueios anteriores, as medidas de contenção da China foram curtas e afiadas”, dizem os analistas do banco.

Para o UBS, “o impacto no sentimento de surtos anteriores tende a ser transitório”.

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