Cotação do robusta se aquece forte apoiada na quebra do café arábica, principalmente
O café robusta está saindo forte das negociações na ICE Europe, em Londres, onde a tonelada está se valorizando na esteira do fundamento do tipo arábica, entre outras variáveis.
Nesta terça (18), encarou mais 95 pontos, ou 6,71%, um estágio que está bastante visível nos últimos tempos.
O valor de US$ 1,511 mil a tonelada, que está valendo até a próxima reabertura do mercado, está precificando a queda extraordinária do café arábica no Brasil nesta safra, com números que variam de 30% a 40%, conforme a fonte.
Como diz Edmilson Calegari, gerente corporativo de mercado da Cooabriel, o robusta, ou conilon, acaba mais demandado, para compor o blend – em quantidades maiores – com o café arábica, que também se aqueceu novamente hoje em Nova York..
Também, do arábica, as restrições dos embarques pelas manifestações e protestos na Colômbia têm dado um empurrão. “Os embarques estão atrasados”, acrescenta o executivo da principal cooperativa brasileira desse tipo de café, instalada no Espírito Santo.
Ao mesmo tempo, o consumo de café vai sendo mais restabelecido nos Estados Unidos e Europa, no ritmo da vacinação e folga nas restrições à sociedade, reforçando a necessidade de maior originação – o que faz os preços reagirem sustentados também.
O cenário geral, inclusive, anula a desvantagem que poderia haver para o robusta, já que o mercado veria que a maior exportadora brasileira, a Cooabriel, vai ter mais oferta nesta safra, esperando receber mais de 400 mil sacas sobre a passada.
Deve trabalhar com 1,8 milhão/sc este ano.