Cosan tem queda de quase 4% depois de ver lucro líquido cair no trimestre
As ações da Cosan (CSAN3) operam com forte queda no início da tarde desta segunda-feira na B3, depois da companhia informar na noite de sexta-feira que teve lucro ajustado de R$ 392 milhões no quarto trimestre, ante R$ 730,3 milhões no mesmo período de 2018.
O lucro líquido do período somou R$ 792,5 milhões, queda de 403% sobre um ano antes.
Com isso, por volta das 13 horas, os ativos tinham perdas de 3,62% a R$ 79,72.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado entre outubro e dezembro somou R$ 1,373 bilhão, ante R$ 1,485 bilhão no quarto trimestre de 2018. O Ebitda que inclui efeitos extraordinários foi de R$ 2,1 bilhões, queda de 6,2%.
A Cosan informou ainda que a moagem de cana da Raízen Energia, joint venture da empresa com a Shell, foi de 12 milhões de toneladas no trimestre, encerrando o ano safra com um total de 59,6 milhões de toneladas processadas, em linha com a safra anterior.
A produção de açúcar equivalente somou 1,7 milhão de toneladas (+10%), privilegiando a produção de etanol (54% do mix) dada a maior rentabilidade sobre o açúcar.
A Raízen Energia alcançou Ebitda ajustado de R$ 628 milhões (-25%), em linha com a estratégia de venda do ano.
O BTP Pactual destaca que, embora tenha sido surpreendido pelo rali de 98% LTM da Cosan, continua a oferecer um dos combos mais poderosos e mais seguros entre conglomerados e distribuidores de combustível no Brasil.
Para os analistas a melhora do ciclo do açúcar, melhores perspectivas de etanol no longo prazo com a RenovaBio, execução impressionante em combustíveis, estrutura sólida de capital e histórico de alocação de capital continuam a impulsionar a recomendação de compra.
Eles avaliam que o ativo está negociando com um rendimento estimado de 5,4% em 2020 de FCFE, as ações não são mais uma pechincha, mas ainda parecem menos exigentes do que alguns de seus pares, principalmente aqueles na distribuição de combustível.