Cosan reverte prejuízo, mas tem maiores perdas do Ibovespa com preços menores
Nos primeiros negócios desta terça-feira na bolsa paulista, as ações da Cosan operam com forte queda de 3,53% a R$ 50,27, liderando assim as perdas do Ibovespa no momento. A empresa de infraestrutura e energia informou na segunda-feira que registrou lucro líquido de R$ 418,3 milhões no segundo trimestre, ante prejuízo de R$ 64,3 milhões no mesmo período do ano passado.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou 1,18 bilhão de reais, alta de 14,1% no comparativo anual.
A Cosan informou ainda que a moagem de cana da Raízen Energia, joint venture da empresa com a Shell, ficará entre 61 milhões e 63 milhões de toneladas na temporada 2019/20, estável ante previsão anterior.
Segundo a Cosan, chuvas atrasaram o início das operações da companhia na safra 2019/20, e a moagem no período totalizou 21 milhões de toneladas (-7%). Já a produtividade média do canavial foi de 9,4 kg ATR/ha (-2%), pela maior diluição de sacarose na cana.
Para a Coinvalores, os números da companhia foram consistentes, com destaque para o segmento distribuição de combustíveis que teve alta de 8% nas vendas. Vale lembrar que um ano antes os números foram afetados pela greve dos caminhoneiros.
Entretanto, houve uma deterioração no mix, com ganho de participação do etanol e do diesel no volume total. Soma-se a isso a redução dos preços e a margem EBITDA em R$ por m³ caiu 3% no período, contra alta de 5% no EBITDA ajustado. Já na Raízen Energia o resultado foi fraco, com o maior volume de chuvas atrasando o início da safra. A Comgás e a Moove seguiram em franca expansão, propiciando o avanço anual de 14% no EBITDA consolidado.