Cosan (CSAN3) não pretende vender participação na Vale (VALE3) no curto prazo, diz presidente do conselho ao Valor
A Cosan (CSAN3) não pretende vender sua participação na mineradora Vale (VALE3) no curto prazo, disse o presidente do conselho da companhia Rubens Ometto em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta quarta-feira (16).
A Cosan é uma gigante brasileira de commodities e detém uma participação de pouco mais de 4% na Vale, o que a torna uma importante acionista de uma das maiores mineradoras de minério de ferro do mundo, que tem capital disperso, sem controle definido.
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Uma reportagem da Bloomberg News do mês passado indicou que a Cosan estava considerando a venda de ativos, incluindo sua participação de 2,2 bilhões de dólares na Vale.
“Somos investidores de longo prazo e estamos felizes (com o investimento). Não temos interesse em flipar (vender) as ações no curto prazo”, disse Ometto, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Ele observou, no entanto, que a Cosan estava estudando alternativas para reduzir sua dívida.
A Cosan controla as empresas Rumo, Moove, Compass e compartilha o controle da Raízen com Shell.
A Cosan comprou inicialmente uma participação de 4,9% na Vale no final de 2022, mas desde então vendeu cerca de 33 milhões de ações, reduzindo a participação para 4,1% em um movimento que disse ter como “objetivo otimizar sua estrutura de capital”, sem nenhuma alteração em seu investimento de longo prazo na Vale.
A Vale trocou recentemente o presidente-executivo. O ex-diretor de Finanças e Relaçõs com Investidores Gustavo Pimenta foi eleito para o comando da companhia, para o lugar antes ocupado por Eduardo Bartolomeo. Ometto elogiou Pimenta como alguém que “conhece bem a mineradora, corrigindo o que tem de ser feito”, segundo o Valor.