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Cosan (CSAN3): XP corta preço-alvo, mas reitera compra para ação; entenda os motivos

22 out 2025, 11:21 - atualizado em 22 out 2025, 11:36
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A XP destaca que a expansão dos dividendos das subsidiárias é crucial para melhorar o índice de cobertura da dívida da Cosan (Imagem: Cosan/Divulgação)

A  XP Investimentos cortou o preço-alvo de Cosan (CSAN3) de R$ 17 no fim de 2025 para R$ 9 ao final de 2026, mantendo a recomendação de compra. O novo valor implica um potencial de alta de 50%.

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No centro da tese está a necessidade de a Cosan fortalecer sua estrutura de capital, já que os dividendos das subsidiárias podem não ser suficientes para cobrir o custo da dívida caso as taxas de juros permaneçam elevadas.

O principal risco, segundo os analistas Regis Cardoso e João Pedro Rodrigues, é que o aumento do endividamento pode reduzir a participação do capital próprio no valor total da companhia. Para contornar isso, a Cosan precisaria enxugar o balanço — seja por meio de venda de ativos ou novas captações.

“Embora acreditemos que a holding busque reduzir o tamanho do balanço, vimos movimentos recentes relacionados à captação de capital adicional”, afirmam os analistas.

Entre os catalisadores de valorização para a holding, a XP destaca:

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  • Novos ajustes na estrutura de capital, como desinvestimentos;
  • Evolução positiva na reorganização de capital da Raízen;
  • Redução no custo de capital no Brasil, que poderia elevar as avaliações das empresas operacionais e reduzir o desconto de holding (atualmente em cerca de -19% após diluição).

“O potencial de valorização da holding é impulsionado pelas oportunidades de alta na Rumo e Raízen. Apesar do desconto atual frente ao valor patrimonial líquido, ele segue em linha com a média histórica e com nossas projeções”, completam.

Mesmo reconhecendo potencial de valorização na Moove e na Radar, a XP avalia que essas subsidiárias dificilmente serão os principais motores da tese de investimento da Cosan.



O aporte de R$ 10 bilhões feito pelo BTG Pactual Holding & Asset Management e pela Perfin é visto como um alívio relevante, pois dá à Cosan fôlego para se beneficiar de dois ventos favoráveis:

  1. Queda dos juros, projetada de 15% em 2025 para 10,5% em 2027, e
  2. Crescimento dos dividendos das empresas operacionais.

A XP destaca que a expansão dos dividendos das subsidiárias é crucial para melhorar o índice de cobertura da dívida da Cosan. Para 2026, a expectativa é que a holding receba R$ 1,6 bilhão em dividendos, sendo R$ 1,3 bilhão provenientes da Compass.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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