Cosan (CSAN3): Para Empiricus, o pior parece ter ficado para trás, apesar da fotografia ‘desafiadora’
A Empiricus Research acredita que o pior momento para a Cosan (CSAN3) parece ter ficado para trás, após os resultados fracos já esperados no terceiro trimestre de 2025 (3T25), reflexo da estrutura de capital ainda pressionada, tanto no nível da holding quanto da Raízen (RAIZ4), além do impacto dos juros elevados.
Na visão da analista Larissa Quaresma, apesar do prejuízo de R$ 1,2 bilhão, a capitalização de R$ 10,5 bilhões, realizada após o fechamento do trimestre, melhorou substancialmente o balanço, mas isso não foi refletido nos números reportados. Por esse motivo, a casa acredita que o resultado do trimestre “envelheceu rápido”.
No nível da holding, as despesas operacionais somaram R$ 65 milhões, redução anual de 43%, e o resultado financeiro foi negativo em -R$ 858 milhões, piora anual de 65% – efeito do maior endividamento e da Selic elevada. A companhia terminou o trimestre com um índice de endividamento de 3,7x o Ebitda dos últimos 12 meses, piora sequencial de 0,3x. Ademais, o índice de cobertura de juros, que relaciona os dividendos recebidos com os juros da dívida nos últimos 12 meses, ficou em 1,0x, piora trimestral de 0,2x.
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“Muito embora a fotografia da operação seja desafiadora, enxergamos esse resultado como “antigo”, dada a capitalização realizada após o fechamento do trimestre. Com R$ 10,5 bilhões a mais no caixa e consequente redução do endividamento, os resultados tendem a melhorar substancialmente nos próximos trimestres no nível da holding. Na Raízen, os desafios operacionais e de balanço persistem, embora seja possível enxergar melhorias”, explica.
A Empiricus Research segue atenta aos próximos passos da agenda de venda de ativos, principalmente na Raízen. “Negociando a um desconto de holding de 19% nas nossas estimativas, mantemos recomendação de compra para CSAN3”.