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Cosan (CSAN3): “Entendemos a urgência de encontrar soluções para a estrutura de capital da Raízen”, diz CEO 

17 nov 2025, 12:20 - atualizado em 17 nov 2025, 13:48
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(Imagem: Cosan/Divulgação)

O balanço do terceiro trimestre de 2025 da Cosan (CSAN3) contou, novamente, com o peso negativo da Raízen (RAIZ3). A sucroalcooleira vem, sequencialmente, impactando os resultados da holding – e os executivos da controladora prometem estar se dedicando a resolver a situação.  

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“Nós entendemos a urgência de encontrar soluções necessárias para a estrutura de capital da Raízen”, afirmou o CEO da Cosan, Marcelo Martins, durante teleconferência de resultados. “As nossas conversas com a Shell têm evoluído bastante. Em determinados aspectos do que a gente imagina que sejam as soluções adequadas, evoluímos muito. Hoje nós temos um direcionamento mais claro do que tínhamos semanas atrás”. 

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No entanto, o CEO contou que, por ora, não há um acordo final para divulgar ao mercado.  

A Cosan já realizou duas ofertas pública de ações recentemente, a primeira de R$ 9 bilhões e a segunda de R$ 1,4 bilhão, com sinalizações de que parte do capital da última seria destinada a Raízen.  

Porém, há a necessidade se chegar a um acordo com a Shell, que controla a sucroalcooleira junto com a holding brasileira. 

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“Os termos ainda não estão definidos e a estrutura a ser perseguida para que a gente possa continuar trabalhando na desalavancagem da companhia também não está definida. Mas o compromisso de chegar a uma solução adequada, eventualmente tendo que fazer alguma contribuição de capital, permanece”, disse o CEO da Cosan. 

A Cosan registrou um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre de 2025, revertendo o número positivo de R$ 293 milhões do mesmo período do ano passado.

Segundo a companhia, o recuo do resultado se deu, em grande parte, pela menor contribuição da equivalência patrimonial no balanço.

A empresa teve uma equivalência patrimonial negativa de R$ 482 milhões e a Raízen foi o maior peso no desempenho consolidado da companhia. A sucroalcooleira viu seu Ebitda cair 14% no ano, para R$ 3,3 bilhões, em meio a dificuldades enfrentandas pelo setor em que atua, ao mesmo tempo em que seu endividamento subiu (com a alavancagem saindo de 2,6x para 5,1x na base anual).

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Novos sócios da Cosan sem participação na Raízen

Se houve sinalização de que poderia haver um aporte da Cosan na Raízen após a sua segunda oferta de ações, na primeira, que colocou o BTG Pactual e a Perfin como sócios da holding, a sinalização de que isso não aconteceria foi clara.

Na ocasião, os executivos explicaram que os recursos seriam usados apenas para reforçar a estrutura de capital da controladora. E isso voltou a ser mencionado durante a teleconferência do terceiro trimestre.

“O novo acordo de acionistas preserva os termos dos acordos de acionistas pré-existentes. No caso da Raízen, essas condições já estavam estabelecidas. E nós combinamos com os novos sócios que a gente deveria manter o que estava combinado”, explicou Marcelo Martins. na teleconferência “A Raízen é uma exceção”.

Na última semana, Rodrigo Araújo deixou o cargo de CFO da Cosan e também um cargo no conselho da Raízen. Segundo os executivos da holding, os seus novos sócios não terão, devido ao acordo, nem mesmo uma representação no conselho da sucroalcooleira.

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“Não virá ninguém que seja indicado pelos novos sócios. A Raízen segue as regras pré-combinadas entre Cosan e Shell”, afirmou Martins.

A Shell, segundo notícias, estaria disposta a aportar até US$ 1 bilhão na sucroalcooleira – valor maior do que a Cosan tem disponível para aportar na Raízen. E a companhia britânica já sinalizou que não quer assumir o controle da joint venture.

Aindo sobre os novos sócios, o foco da Cosan, para o curto prazo, é integrar o BTG e a Perfin na estrutura da companhia, buscando maiores níveis de contribuição e sinergias. Segundo os diretores, os dois novos parceiros têm sólida experiência nos setores de infraestrutura e energia e serão “grandes contribuidores”.

Em segundo lugar, agora com uma posição de endividamento mais balanceada, os diretores falaram que a estratégia é preservar o portfólio, focar em execução e evitar “vendas forçadas”. “O horizonte se abriu. Até pouco tempo atrás, tínhamos um nível de incerteza muito grande. Hoje, com a entrada desses acionistas, nós entramos em um novo momento na Cosan”, afirmou o CEO.

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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