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Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) precisam ‘voltar ao básico’, diz BTG; veja o que fazer com as ações

09 dez 2024, 13:48 - atualizado em 09 dez 2024, 13:48
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As ações da Cosan e da Raízen sofreram duras quedas ao longo do ano devido ao crescimento da alavancagem. (Imagem: Cosan/Divulgação)

O BTG Pactual divulgou na última semana um novo relatório sobre a Cosan (CSAN3) e a Raízen (RAIZ4). A análise foi elaborada após reunião com o novo CEO da holding, Marcelo Martins, que, segundo o banco, demonstrou “senso de urgência” sobre o que precisa ser feito para restaurar o equilíbrio da estrutura de capital da empresa.

De acordo com os analistas, existem duas obsessões para a Cosan hoje: endereçar a alavancagem da holding e restaurar a cultura de agilidade, empreendedorismo e pragmatismo que antes prevalecia em todas as suas subsidiárias, com foco na Raízen.

Pensando nisso, o BTG considera que as empresas devem “voltar ao básico”, revisitando a crescente complexidade do seu portfólio de ativos. Os analistas continuam recomendando a compra dos papéis, esperando que a nova gestão faça anúncios para desalavancar o balanço, ou seja, reduzir o nível de endividamento. A venda de ativos não essenciais deve estar em pauta.

O cenário macroeconômico também pode impactar a empresa. Segundo o BTG, a Cosan reconhece que o aumento das taxas de juros acabará por forçá-la a encontrar formas de reduzir a dívida e permitir o aumento dos dividendos que chegam das subsidiárias.

O ano de Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)

As ações das empresas sofreram duras quedas ao longo do ano, à medida que o aumento da alavancagem e dos custos da dívida forçaram uma redução do patrimônio líquido. 

Para os analistas, a participação adquirida da Vale (VALE3) não foi capaz de gerar os retornos esperados. No acumulado do ano, os papéis da Cosan despencaram cerca de 50% e os da Raízen quase 40%. 

A Cosan viu seu lucro líquido cair 57% no terceiro trimestre de 2024 (3T24), em R$ 293 milhões. A alavancagem financeira da companhia terminou setembro em 2,9 vezes, acima do nível de 2,7 vezes do segundo trimestre e de 1,7 vez de setembro de 2023.

“Depois de cumprir com sucesso os ciclos de crescimento anteriores, o último não foi particularmente animador para o grupo. Restaurar a confiança pode levar algum tempo, mas pelo menos as coisas estão começando a mudar”, diz o BTG.

“Se estivermos certos, as ações da Cosan e da Raízen oferecem uma combinação poderosa de desalavancagem do balanço e redução do desconto de holding”, finaliza.

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gustavo.silva@moneytimes.com.br
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