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Cosan (CSAN3): BTG reforça compra e vê ação crescendo 111% por impulso de subsidiárias

05 jul 2024, 12:13 - atualizado em 05 jul 2024, 12:13
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O BTG espera que as principais subsidiárias da CSAN3 apresentem resultados recordes, aumentando substancialmente o fluxo de dividendos(Imagem: Divulgação / Canva // Montagem: Bruna Martins)

Os analistas do BTG Pactual se reuniram com CEO e CFO da Cosan (CSAN3), e discutiram estratégias de geração de valor, aplicação de capital e desalavancagem da empresa. O banco recomenda compra para ação, com preço-alvo de R$ 30 e potencial de alta de 111,86%.

Segundo eles, os líderes das companhias ressaltaram que a empresa passou por diferentes estágios de crescimento nos últimos 16 anos, com fases de alta alavancagem precedendo períodos de maturação do investimento, desalavancagem e, consequentemente, geração de valor.

O fim do ciclo de investimentos da empresa coincide com um período de maior incerteza macroeconômica, turbulência política e aumento das taxas de juros.

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“Para executar uma estratégia de desalavancagem bem-sucedida e permitir que o valor flua da dívida para o equity, a CSAN tem se concentrado na excelência operacional de suas subsidiárias e adotado uma abordagem pragmática para a alocação de capital. Isso já resultou na redução de investimentos em projetos não essenciais em vários negócios”, destacam os analistas Pedro Soares, Thiago Duarte, Bruno Lima e Henrique Perez.



Embora não haja grandes transformações no horizonte, outros pequenos ajustes no portfólio não podem ser descartados, segundo o BTG.

O recente desinvestimento de ativos não essenciais pela Raízen (RAIZ4) e pela Rumo (RAIL3), bem como a venda em andamento de participações minoritárias em distribuidoras de gás locais pela Compass, são bons exemplos do que os investidores podem esperar.

“As ações não listadas continuam sendo uma possibilidade, desde que as condições do mercado permitam”, completam.

Investimentos da Vale e resultados recordes das subsidiárias

O banco ressalta que após um extenso processo de gerenciamento de ativos/passivos e reestruturação da dívida, a próxima amortização relevante da dívida está programada para 2027.

“A liquidez não é um problema, proporcionando à Cosan tempo suficiente para avaliar as oportunidades certas para girar o portfólio enquanto os dividendos das empresas melhoram. Com relação à participação da Vale, a diretoria reiterou que os fundamentos que justificam o investimento permanecem”, analisam.

No entanto, eles enfatizaram que o pragmatismo sempre prevalecerá nas decisões finais de investimento da CSAN3, e acreditam que, caso haja necessidade ou o cenário mude, novos ajustes de posição poderão ocorrer, de forma semelhante ao corte oportunista da posição em abril. “A alta liquidez das ações da Vale é vista como uma valiosa fonte de flexibilidade”, pontuam.

O BTG espera que as principais subsidiárias operacionais da CSAN apresentem resultados recordes este ano, aumentando substancialmente o fluxo de dividendos (inclusive da Vale) e melhorando a cobertura de juros. No entanto, está claro que a ação se tornou essencialmente uma tese macroeconômica.

“Uma holding alavancada, combinada com expectativas de taxas mais altas, levou a ação a ter um desempenho inferior ao do índice geral em cerca de 20% no acumulado do ano. O desconto de holding subiu para um dos níveis mais altos que já vimos, 34%. O senso de pragmatismo mais forte e mais claro demonstrado pela administração é encorajador. Ele alinha as prioridades da administração da CSAN3 aos melhores interesses dos minoritários”, analisam.

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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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