Cosan (CSAN3): BTG destaca operação com Vale (VALE3) e vê bom momento para ação em 2024; confira
A Cosan (CSAN3) aprovou a conversão de parte da sua participação “colaterizada” na Vale (VALE3) em uma participação direta de 1,1%. Além disso, a CSAN3 também aprovou a venda de uma parte dos contratos de “collar” equivalente a 0,22% da mineradora. Com a venda, a empresa quitou R$ 750 milhões de contratos de dívidas relacionados a esse negócio.
No total, e considerando as recompras de ações da Vale realizadas nos últimos meses, a CSAN mantém uma participação total na Vale de 4,9%, mas a participação direta agora é de 2,6% (contra 1,75% anteriormente e 1,5% quando o negócio foi anunciado em outubro de 2022), e a participação via estruturas de derivativos foi reduzida para 2,3%.
Para o BTG Pactual (BPAC11), a estrutura da Cosan no negócio da Vale proporcionou, acima de tudo, flexibilidade para a empresa avaliar sua influência na mineradora e sua contribuição para ganhos de eficiência no futuro.
O banco vê a conversão de parte da estrutura de colarinho em ações como mais uma prova da convicção da Cosan no investimento da Vale.
- O que esperar do dólar em 2024? Confira como a inflação dos Estados Unidos pode ditar o cenário da moeda no próximo ano e onde investir para aproveitar as perspectivas, segundo o analista Enzo Pacheco. É só clicar aqui:
O BTG recomenda compra para CSAN3, com preço-alvo de R$ 30, com a ação sendo uma das top picks para 2024. A visão do banco é amparada pela crescente confiança do banco na geração de caixa esperada de suas principais subsidiárias, como Raízen (RAIZ4), Rumo (RAIL3) e Compass, aliada às quedas esperadas para a taxa de juros (Selic), que contribuirá na desalavancagem da holding e redução do seu desconto na soma das partes das suas empresas operacionais, atualmente em ~17%.
O banco avalia a participação colaterizada da Cosan na Vale nos mesmo R$ 70 por ação que ela pagou, enquanto a participação em dinheiro é avaliada em US$ 19 por preço-alvo definido pela equipe de pesquisa de metais e mineração do BTG. A amortização da dívida de colarinho, aliada ao aumento da participação em dinheiro, deverá ter um impacto positivo no cálculo do Valor Patrimonial Líquido pelo banco.