Cosan (CSAN3): Como a Vale (VALE3) atrapalhou empresa? BofA corta preço-alvo, mas ainda vê ação disparar 50%
O Bank of America reduziu seu preço-alvo para as ações da Cosan (CSAN3) de R$ 23 para R$ 20, mas ainda reforça compra, projetando um potencial de alta de 50%.
Apesar do corte, os analistas seguem vendo a empresa como uma sólida holding de longo prazo e ressalta as iniciativas para:
- agilizar as operações dos ativos subjacentes,
- reduzir a exposição à Vale (VALE3) ao desfazer a estrutura de colar;
- melhorar a cobertura de juros e desbloquear o valor das subsidiárias.
De acordo com o banco, o desconto de 16% para soma das partes representa um suporte para o valuation.
“Nos últimos 15 anos, a Cosan se tornou uma empresa de portfólio única no Brasil, com ativos insubstituíveis de energia e infraestrutura. Entre 2009 e set/2022, a estratégia recompensou os acionistas com um retorno médio anual de 18% vs. o Ibovespa +8%”.
No entanto, dizem Isabella Simonato e Julia Zaniolo, a história mudou após a aquisição de uma participação minoritária na Vale em out/22.
Desde então, a ação caiu 10% ao ano e alguns investidores agora veem a Cosan como uma holding alavancada sem catalisadores de curto prazo.
CSAN3: BTG corta preço-alvo por ajustes na Raízen (RAIZ4), mas ainda vê ação disparando
Na quarta-feira (18), foi a vez do BTG Pactual revisar suas estimativas para Cosan, em meio ao fraco desempenho das ações da Vale — empresa que tem 4,14% de participação, os resultados um pouco mais fracos do que o esperado da Raízen (RAIZ4) e um ambiente de taxas de juros menos favorável.
Os analistas revisaram suas estimativas e reduziram suas projeções de Ebitda proforma para 2024 e 2025, com o lucro líquido também sendo revisado para baixo devido às taxas de juros mais altas e a um balanço ainda alavancado.
Apesar de reduzirem o preço-alvo de R$ 30 para R$ 23, principalmente devido aos ajustes na Raízen, os analistas ainda recomendam compra e preveem um potencial de valorização de 72% nos próximos 12 meses.