Estados Unidos (EUA)

Cortes de juros nos EUA cada vez mais distantes? Para Powell, sim

16 abr 2024, 15:07 - atualizado em 16 abr 2024, 15:07
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Jerome Powell, presidente do Fed, acredita que os dados atuais não fornecem a segurança necessária para a redução de juros (REUTERS/Kevin Lamarque)

Nesta terça-feira (16), Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve (Fed), discursou no “The Washington Forum on the Canadian Economy”, abordando as relações entre o Canadá e os Estados Unidos (EUA) e a economia americana.

Ao abordar a economia dos EUA, Jerome Powell afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) precisará ter mais confiança nos dados econômicos do país para começar as reduções.

O presidente afirmou que os dados atuais não trazem a confiança necessária e que poderá ser necessário demorar mais antes de reduzir as taxas de juros dos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,50%.

“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, ao invés disso, indicam que é provável que demore mais tempo do que o esperado para alcançar essa segurança”, complementou Powell.

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O dado que colocou os cortes de juros americanos na corda bamba

Um dos dados analisados pelo Fed é o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgado na semana passada, que mostrou alta de 0,4% em março, na base mensal.

A taxa anual também aumentou, passando para 3,5%, acima dos 3,2% observados em fevereiro.

O dado foi citado por Powell durante o evento, que afirmou que caso a inflação continue nos atuais patamares, ainda distante da meta do banco central norte-americano de 2%, as taxas de juros serão mantidas.

“Dados mais recentes mostram um crescimento sólido e uma força contínua no mercado de trabalho, mas também uma falta de novos progressos em direção ao nosso objetivo de inflação a 2%”, afirmou.

O CME FedWatch Tool, ferramenta que mostra a probabilidade nos cortes das taxas de juros dos EUA, apresenta uma chance de 64,2% para reduções em setembro, evidenciando que essa é a data preferida no momento.

Entretanto, as previsões já foram mais otimistas. Antes da divulgação do CPI, junho era o mês mais aguardado, com 57,6% do mercado acreditando que as reduções seriam feitas durante esse momento.