Renda Fixa

Corte na Selic e dados de inflação: O que mexe com a renda fixa nesta semana?

06 maio 2024, 9:20 - atualizado em 06 maio 2024, 9:20
renda fixa essa semana
Mercado aguarda pela decisão da taxa básica de juros na quarta-feira (08). (Imagem: Getty Images)

Na semana passada, a curva de juros encerrou em queda, com os vértices intermediários e longos apresentando a maior baixa. Sendo assim, a inclinação da curva teve uma diminuição na inclinação.

Na semana, o movimento mais importante foi a reunião do comitê de política monetária dos Estados Unidos que decidiram pela manutenção da taxa no intervalo entre 5,25% e 5,50%. As falas do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ainda deram um gás extra aos mercados com a retomada do apetite ao risco.

Nesta semana, as atenções estarão concentradas na quarta-feira e, desta vez, não é por conta da folga. O mercado brasileiro se prepara para a próxima reunião Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece no dia 8 de maio.

  • [Transmissão especial] Como a decisão do Copom mexe com o seu bolso? Especialistas discutem as melhores estratégias para o seu patrimônio com a nova Selic, que será anunciada dia 8 de maio. Receba o link de acesso gratuito aqui.

Segundo relatório semanal do time de renda fixa da XP Investimentos, os economistas da casa seguem precificando, com maior probabilidade, um corte de 0,25 p.p, reduzindo a taxa Selic para 10,50%.

No mercado secundário de crédito privado, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana estáveis, novamente. Segundo o relatório, na terça-feira (30), o índice IDEX-DI fechou em 1,93%, mesmo patamar da semana passada.

Quanto ao prêmio das debêntures isentas, as analistas de renda fixa indicam que terminaram em queda. O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 758 milhões, R$ 614 milhões em debêntures incentivadas, R$ 246 milhões em CRIs e R$ 355 milhões em CRAs.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que mexe com a renda fixa nesta semana?

Na segunda-feira (6), o mercado já fica na espera do habitual Relatório Focus, medido pelo Banco Central, além do Balanço Orçamentário e o Indicador Antecedente de Emprego.

Segundo o Relatório, as expectativas de alta nos preços para 2024 passaram de 3,73% para 3,72%. Já para 2025, a projeção do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram elevadas de 3,60% para 3,64%. Os demais anos permanecem as mesmas projeções de 3,50%.

Já a Selic deve encerrar o ano em 9,63%, ante os 9,50% — a elevação na projeção representa o pessimismo do mercado diante dos juros mais altos dos Estados Unidos e risco fiscal aqui no Brasil. Para 2025, a projeção é de que a taxa básica de juros se mantenha em 9%.

Movimentando a terça-feira (7), a Balança Comercial, referente a maio, é divulgada e o primeiro dia da Reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central acontece.

O segundo dia e último, do Copom, acontece na quarta-feira (8), no qual além da decisão sobre a taxa básica de juros, o mercado recebe dados de Vendas no Varejo.

A agenda respira calmamente com o Fluxo Cambial Estrangeiro na quinta-feira (9), e o IPCA de abril, que fecha a semana, na sexta-feira (10). O time de analistas da XP projeta uma aceleração ante março.

Na agenda internacional, os investidores aguardam pelos dados do Balanço Orçamentário Federal e outros dados sobre o mercado de trabalho.