Corte na mistura do biodiesel se reflete em leilão rodando com preços abaixo do potencial
O leilão de biodiesel só acaba na segunda, mas as distribuidoras conseguiram o que tanto queriam ao insistirem para a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) derrubar a exigência de mistura de 12% para 10%. Os preços estão rodando nesta sexta (21) abaixo do potencial previsto dias atrás.
Da oferta total do certame L75, de 1.189 mil metros cúbicos, mais de 1,12 mil foram adquiridos ao preço médio R$ 4.219,01.
“Poderia estar acima de R$ 4,5 mil”, informa o analista de commodities Vlamir Brandalizze.
No L74, de 18 de junho, no pico do isolamento social, a cotação média dos arremates foi acima do valor projetado para o leilão que começou ontem.
A ANP cortou 2% da mistura convencional, válida para os próximos dois meses, sob o argumento das distribuidoras de escassez de matéria-prima – no caso da soja -, sob protestos das produtoras.
Apesar das exportações recordes do grão, as destilarias não concordavam que haveria desabastecimento. Muita soja já havia sido comprada, a preços internos que já estão acima dos preços de exportação, visando atender a mistura de 12%.
Hoje, por exemplo, o preço FOB em Cascavel (PR) está em R$ 130 a saca.
